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Motim em presídio no Equador deixa ao menos 24 mortos e 49 feridos

28/09/2021 23h41

Quito, 28 set (EFE).- Ao menos 24 detentos morreram e outros 49 ficaram feridos em um motim no Centro de Privação de Liberdade Número 1, na cidade costeira de Guayaquil, no sudoeste do Equador, aparentemente devido a um confronto entre gangues que lutam pelo controle da penitenciária.

Fausto Buenaño, comandante de polícia da Zona 8, cuja sede fica em Guayaquil, disse que, após a entrada das unidades táticas da corporação no presídio, foram encontrados cinco corpos nos primeiros quatro pavilhões e que no quinto, onde o confronto se concentrou, outros 19 detentos estavam mortos por impacto de projéteis e efeito de granadas.

Buenaño também disse que 49 pessoas foram feridas e levadas para o lado de fora da penitenciária para serem tratadas por paramédicos.

Segundo o representante do governo nacional na província de Guayas, Pablo Arosemena, a ordem já foi restabelecida no complexo penal após o motim, que começou de manhã.

A ação policial que restabeleceu a ordem no presídio foi realizada em coordenação com o Serviço Nacional de Atenção Integral aos Adultos Privados de Liberdade e Adolescentes Infratores (SNAI), uma entidade que horas antes havia anunciado que "o incidente teria sido iniciado por confrontos entre gangues criminosas em um pavilhão do centro penitenciário".

Em 22 de setembro, durante uma operação de busca no presídio em Guayaquil, a polícia apreendeu três armas de fogo, 150 balas de munição, uma granada, 12 bastões de dinamite e drogas.

O SNAI disse na época que também haviam encontrado "dispositivos explosivos improvisados", um rádio de transmissão, 16 telefones celulares, 27 armas com lâminas, 5 carregadores para armas automáticas e mais de 200 cartuchos de munição de diferentes calibres.

O sistema prisional do Equador está em crise, e o governo nacional anunciou no mês passado que gastará US$ 75 milhões durante os próximos quatro anos para tentar resolver a situação.

Em uma das recentes ondas de violência, em 13 de setembro, uma penitenciária também localizada na província costeira de Guayas foi atacada com drones, o que causou três explosões e afetou o telhado do complexo.

O incidente desta terça-feira ocorreu um dia depois que o diretor do SNAI, Fausto Cobo, renunciou ao cargo para assumir outra tarefa do presidente Guillermo Lasso em uma unidade de inteligência estratégica.

Cobo havia informado, quando assumiu o comando do SNAI, que os frequentes confrontos nas prisões equatorianas se deviam a lutas entre cartéis de drogas, que utilizavam quadrilhas criminosas locais para manter o controle dos presídios e territórios utilizados em operações de tráfico de entorpecentes. EFE

fa/id

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