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Opositor pede que Maduro seja pressionado a libertar "presos políticos"

15/10/2021 21h53

Caracas, 15 out (EFE).- O opositor venezuelano Julio Borges, exilado na Colômbia, pediu nesta sexta-feira para a comunidade internacional pressionar o governo de Nicolás Maduro a libertar os mais de 200 detidos que ele considera presos políticos.

"A comunidade internacional deve pressionar para que a ditadura liberte os mais de 200 presos políticos que ainda mantém em cativeiro, mas sem esquecer a necessidade de Justiça, que hoje só é possível com o processo do TPI (Tribunal Penal Internacional). Justiça, verdade e reparação são o que as vítimas merecem", disse Borges no Twitter.

Em outra mensagem, acrescentou que, segundo seus dados, "morreram 11 presos políticos sob custódia da ditadura de Nicolás Maduro", que acusa de ser "criminosa", de perseguir e assassinar quem pensa diferente, como foi o caso de Fernando Albán, um vereador que morreu em 2018 após cair do 10º andar.

O caso Albán gerou polêmica na Venezuela, pois o governo afirmou que o opositor "cometeu suicídio", versão também oferecida em primeira instância pela Procuradoria-Geral da República.

O pedido de Borges ocorre dias depois da morte na prisão do ex-ministro da Defesa Raúl Isaías Baduel, que, segundo a Procuradoria, faleceu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória devido à covid-19; uma teoria que a oposição e parentes rejeitam.

Segundo a ONG Foro Penal, líder na defesa dos "presos políticos", na Venezuela há 260 cidadãos detidos por motivos relacionados com a política.

A ONG denunciou também no final de setembro que nessa altura havia 42 cidadãos considerados presos políticos que se encontravam "em situação crítica de saúde".

Os relatórios de saúde apresentaram problemas musculares, fraturas graves, hérnias e hipertensão.

De acordo com os dados da ONG, 10 pessoas consideradas presos políticos morreram desde 2014 sob custódia do Estado. EFE