Casa Branca condena golpe no Sudão e pede libertação de primeiro-ministro
"Os Estados Unidos estão profundamente alarmados pelas informações sobre a tomada de controle militar do governo de transição", afirmou a porta-voz adjunta da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em declarações dadas a bordo do avião presidencial, que voava em direção a Nova Jersey.
"Rechaçamos as ações dos militares e pedimos a libertação imediata do primeiro-ministro e dos demais detidos sob prisão domiciliar. As ações de hoje são completamente opostas à vontade do povo sudanês e de suas aspirações de paz, liberdade e justiça", completou.
O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, segundo Jean-Pierre, "segue apoiando fortemente a reivindicações da população sudanesa por uma transição democrática no país, e seguirá avaliando como apoiar melhor o povo sudanês para que se alcance esse objetivo".
Pouco depois daquilo que foi classificado um golpe militar pelo governo do Sudão, o general Abdelfatah al Burhan, líder do órgão máximo de poder dentro do processo de transição, dissolveu o conselho de ministros e o próprio Conselho Soberano.
A decisão foi anunciada por Al Burhan, através de um comunicado que o general leu durante transmissão na emissora de televisão estatal sudanesa. O general, além disso, decretou estado de emergência em todo o território.
Desde a divulgação da prisão do primeiro-ministro, Abdalla Hamdok, e de membros do gabinete de governo, foram iniciadas manifestações em diferentes pontos do Sudão, que chegaram a reunir milhares de pessoas. Três mortes foram registradas até o momento, segundo organizações que atuam no país. EFE
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