Exilados em Miami apoiarão protestos em Cuba com atos por terra e mar
"A repressão começará antes do dia 15", disse Orlando Gutiérrez à Agência Efe, em nome da Assembleia da Resistência Cubana, que reúne organizações de oposição de dentro e fora de Cuba, e pediu uma caravana em Miami em apoio à marcha.
Os organizadores esperam que milhares de pessoas participem em seus veículos de uma caravana que percorrerá grande parte da cidade no dia 14 de novembro e terminará em frente ao Golfo da Biscaia, onde será realizado uma concentração de apoio ao ato e a favor da restauração da democracia em Cuba.
Ramón Saúl Sánchez, do Movimento pela Democracia, disse à Efe que além da presença da "Flotilha da Democracia" no mar, haverá uma concentração de pessoas em terra que formarão uma "cadeia humana de solidariedade", à qual se espera que se juntem os participantes da caravana da Assembleia da Resistência.
Tudo isso acontecerá às vésperas do 15N para não diminuir o protagonismo dos cubanos na ilha, onde, segundo Gutiérrez, desde 11 de julho, quando estouraram protestos nas ruas de várias cidades cubanas, foi gerada uma "resistência" que não se via desde 1959.
O governo cubano proibiu a marcha promovida pelo grupo Arquipélago, que solicitou autorização para realizá-la dentro da Constituição do país, por considerá-la "ilegal".
Fernando Almeyda, porta-voz do Arquipélago, considerou ontem que sua organização já alcançou "algo importante" com este apelo e temeu que o governo cubano, que considerou sentir "um tremendo medo" diante dos protestos, tentasse responder com violência.
O ato de 15 de novembro pede, segundo seus promotores, o respeito aos direitos, a libertação dos presos políticos e a solução das diferenças por meios democráticos e pacíficos. EFE
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