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Caravana de migrantes cresce em número e avança em direção a Cidade do México

28/10/2021 19h06

Villa Comaltitlán (México), 28 out (EFE).- A caravana de migrantes, em maioria do Haiti e outros países da América Central, que se dirige para a Cidade do México e o norte do país, aumentou de número e avançou mais 20 quilômetros, segundo relataram ativistas nesta quinta-feira.

O grupo de estrangeiros, o quinto neste ano que percorre o México - os quatro anteriores foram dispersos em setembro pelas autoridades locais -, partiu da cidade de Villa Comaltitlán ainda durante a madrugada de hoje.

De acordo com Luis Rey García Villagrán, da organização Centro de Dignidade Humana, dezenas de migrantes se juntaram à caravana nas últimas horas.

O ativista estimou em cerca de 5 mil os estrangeiros que se deslocam em direção, inicialmente, à Cidade do México, onde buscarão regularizar a condição migratória, para depois seguir para a fronteira norte com os Estados Unidos.

Desde a madrugada, a caravana percorreu 20 quilômetros e chegaram até a cidade de Escuintla, onde se instalaram em um parque e foram atendidos pelas autoridades locais.

Ao todo, o grupo de migrantes avançou 80 quilômetros desde o ponto de saída, em Tapachula, que fica a 1.100 quilômetros da Cidade do México.

A maioria do grupo é composta por famílias, inclusive compostas por pessoas que se locomovem em cadeiras de rodas e bebês, conforme verificou a equipe de reportagem da Agência Efe.

O nicaraguense Darío García, de 37 anos, caminha empurrando um carrinho que ganhou de presente em Villa Comaltitlán e que utiliza para levar a filha e pertences.

O Instituto Nacional de Migração do México (INM) anunciou nesta quinta-feira que dará auxílio financeiro, por razões humanitárias, para mulheres grávidas que integrem a caravana.

A região vive uma onda migratória sem precedentes, desde o começo deste ano, com um fluxo histórico de 147 mil pessoas em situação ilegal passando pelo México de janeiro até agosto, número três vezes maior do que o registrado ao longo de 2020. EFE