Evo Morales pede mobilizações para defender Luis Arce
Morales se expressou dessa forma em uma manifestação maciça de camponeses, cultivadores de coca e indígenas que apoiam o MAS em Shinahota, no Trópico de Cochabamba, seu reduto político e sindical no centro do país. O ex-chefe de governo pediu para a sua base estar em "estado de emergência e mobilização permanente".
"Como seria bom marchar pacificamente até as cidades para defender nossa revolução e nosso governo sob a liderança do presidente Lucho, essa é nossa obrigação. Caso contrário, a ala direita voltará a privatizar os recursos naturais", declarou Morales.
O ex-chefe de Estado também solicitou que os líderes de seu partido repliquem o o pedido de mobilização pelos nove departamentos.
O evento, que contou com a presença de Arce, foi convocado para comemorar os dois anos que ele deixou o país após renunciar à presidência, o que o partido governista acredita ter sido o resultado de um "golpe de Estado". Além disso, celebrou um ano desde o retorno de Morales, que deixou o país em 2019 e permaneceu asilado no México e depois na Argentina.
Para Morales, a direita quer desgastar o governo porque sabe que não derrotará o MAS nas eleições e, em sua opinião, está tentando "voltar à era do neoliberalismo".
Ainda segundo ele, os protestos que estão sendo realizados em algumas regiões bolivianas para derrubar uma lei contra a legitimação dos lucros ilícitos são impulsionados por alguns grupos que "não querem que seja feita justiça pelo golpe de Estado", como o ex-presidente e seu partido definem a sua renúncia e o governo interino de Jeanine Áñez.
Por fim, o ex-chefe de Estado disse ser importante que o sistema judicial boliviano investigue as acusações feitas pelo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, em seu livro sobre a suposta tentativa dos militares bolivianos de abater com um foguete o avião no qual Morales foi pilotado para a Cidade do México em 2019.
Morales permaneceu em território mexicano por quase um mês antes de se mudar para a Argentina, de onde dirigiu a campanha eleitoral de Arce. Ele retornou à Bolívia em 11 de novembro do ano passado. EFE
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