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Italiano é acusado de tentar receber vacina contra covid-19 em braço falso

03/12/2021 13h37

Roma, 3 dez (EFE).- Um homem, de 50 anos, foi acusado de tentar ser vacinado usando um braço falso de silicone, para conseguir obter o passaporte de vacinação, na localidade de Biella, no norte da Itália, segundo veiculou nesta sexta-feira a imprensa local.

De acordo com denúncia feita à polícia, o indivíduo compareceu ontem a um centro de vacinação. A enfermeira Filippa Bau, que faria a aplicação, percebeu que ele mostrava um braço com silicone muito parecido com a pele, que ia do ombro até o músculo deltoide, onde a injeção é dada.

Inicialmente, a profissional de saúde acreditou que se tratava de uma pessoa amputada, que havia mostrado o braço errado. Para não o colocar em situação constrangedora, a enfermeira pediu para que ele mostrasse o outro, conforme ela explicou ao jornal italiano "Corriere della Sera".

Bau, no entanto, percebeu que o homem apresentou um braço de silicone "exatamente igual ao outro", o que a fez perceber que se tratava de uma tentativa de fraude, para que a vacina fosse aplicada em um braço falso.

"Me dei conta que o homem que tinha diante de mim estava tentando fugir da vacinação, mediante uma prótese, em que esperava que eu, sem saber disso, injetaria o medicamento," explicou a enfermeira.

Assim que foi descoberto, o acusado tentou convencer a enfermeira a fazer "vista grossa" e seguir com a farsa, mas ela se negou e relatou o caso aos superiores.

O homem acabou admitindo que tentou enganar a equipe do entro de vacinação para conseguir o novo passaporte da covid-19, que recebem as pessoas vacinadas ou que já superaram a doença.

A partir de segunda-feira, o documento será obrigatório para que a pessoa tenha acesso à bares, restaurantes, boates e outros estabelecimentos de lazer, prédios públicos.

O homem que tentou receber a vacina em braço falso foi denunciado ao Ministério Público.

O presidente da região do Piemonte, Alberto Cirio, manifestou repúdio a tentativa de golpe, pela "gravidade do ato" e lembrou o sacrifício de vidas humanas e dos custos sociais da pandemia da covid-19. EFE