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Governo da Venezuela apresenta orçamento para 2022 de R$ 75,55 bilhões

11/12/2021 02h48

Caracas, 10 dez (EFE).- A vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, apresentou nesta sexta-feira a Lei Orçamentária para 2022 com uma quantia de 62.379.454.806 bolívares digitais (R$ 75,55 bilhões), que foi aprovada em um primeiro debate parlamentar, embora ainda tenha que receber um último aval.

"Hoje trouxemos um orçamento para o ano fiscal que totaliza 62.379.454.806 bolívares", anunciou Rodríguez, falando à Assembleia Nacional (AN, Parlamento), onde 92% dos deputados são pró-governamentais. "O orçamento está enquadrado em políticas que tornaram possível defender a moeda e avançar na luta contra a hiperinflação", completou.

Em 1º de outubro, entrou em vigor uma reconversão monetária, a terceira neste século, que eliminou seis zeros da moeda venezuelana, conhecida até então como o bolívar soberano e a renomeou como o bolívar digital. Esses seis zeros se somam a outros oito que foram eliminados nas duas reconversões monetárias anteriores, uma em 2008 e o outra em 2018.

A Venezuela entrou em um processo de hiperinflação em novembro de 2017, do qual começou a emergir neste ano. Rodríguez, também ministra das Finanças, detalhou que em novembro e pelo terceiro mês consecutivo, o aumento dos preços teria sido inferior a 10%, embora ela não tenha fornecido o número exato. Em outubro, a inflação foi de 6,8%, e em setembro, de 7,1%, de acordo com dados oficiais do Banco Central da Venezuela (BCV).

Por todas essas razões, a vice-presidente explicou que tanto o projeto de orçamento quanto o projeto de dívida apresentado simultaneamente, que também recebeu a primeira aprovação, foram o resultado de um amplo processo de consulta.

"Neste ano houve um aumento do investimento social. É uma meta que nos propomos a cada ano, aumentar o investimento social, na saúde, na educação, nas grandes missões sociais, no sistema patriarcal, na distribuição e aquisição de alimentos", destacou, também sem dar o número exato para esses itens. EFE