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Presidente argentino quer discutir "melhor fórmula" para Corte Suprema

16/12/2021 05h47

Buenos Aires, 15 dez (EFE).- O presidente da Argentina, Alberto Fernández, pediu nesta quarta-feira uma "discussão honesta" sobre a "melhor fórmula" para a Corte Suprema, em um evento no qual listou várias iniciativas para modificar o sistema de justiça e segurança do país.

"É necessário estabelecer uma discussão honesta sobre a melhor fórmula para Suprema Corte de Justiça da Nação", disse Fernández enquanto participava da reunião de final de ano do Conselho Econômico e Social no Teatro Nacional Cervantes.

"Os atrasos no serviço da justiça, juntamente com elementos que não contribuem para seu bom funcionamento, tornam necessário rever seus mecanismos de trabalho, o número de membros e a divisão de tarefas na mais alta corte", acrescentou.

Ainda de acordo com Fernández, trata-se de "uma tarefa que devemos promover com o mais alto nível de patriotismo, um amplo espírito republicano e aderência à verdade" e de um tema sobre o qual "ninguém está absolutamente certo".

O presidente argentino argumentou que quando foi chefe de Gabinete no mandato de Néstor Kirchner na presidência (2003-2007) o país conseguiu "recriar uma Corte para a democracia, credível, prestigiada e eleita por mecanismos inovadores de participação popular", e apontou que "esse é o caminho que temos que reconstruir hoje para o bem de todos".

Desde 2006, O Supremo argentino tem sido composto por cinco juízes, embora um deles tenha renunciado no mês passado, e a nomeação de um novo membro esteja pendente.

A nomeação dos ministros da Corte é uma atribuição que corresponde ao presidente do país com o aval de ao menos dois terços dos membros presentes do Senado.

ELEIÇÃO DOS JUÍZES.

No mesmo evento, Fernández propôs "promover o debate sobre a melhor maneira de selecionar e eleger juízes através do Conselho da Magistratura", que, de acordo com ele, "é uma área essencial para a credibilidade institucional que requer clara melhoria".

Fernández lembrou que o governo apresentou neste mês um projeto de lei ao Congresso para reformar o órgão, que é encarregado de propor ao Executivo candidatos para vagas de juízes de tribunais inferiores, além de ter o poder de aplicar medidas disciplinares aos magistrados e decidir sobre a abertura de processos de remoção. EFE