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Rússia alega "segurança" sobre possibilidade de mísseis em Cuba e Venezuela

17/01/2022 15h23

Moscou, 17 jan (EFE).- O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, evitou nesta segunda-feira dar uma resposta clara à possibilidade de a Rússia implantar mísseis em Cuba e Venezuela, alegando que Moscou estuda diferentes cenários para garantir sua segurança.

"No contexto da situação atual, a Rússia está pensando em como garantir sua própria segurança", disse Peskov em entrevista coletiva, ao falar sobre a possibilidade sugerida na semana passada pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Sergey Riabkov, que não negou ou confirmou se o país cogita levar mísseis a Cuba e Venezuela.

"Com relação à América Latina, não devemos esquecer de que estamos falando de países soberanos", acrescentou Peskov.

Ele também lembrou que a subsecretária de Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, declarou recentemente que Washington está considerando 18 opções diferentes de resposta no caso de uma invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Nós também estamos considerando diversas variantes. Pensamos que deveria haver muito menos, porque para nós esta é uma questão extremamente concreta. Não há necessidade de complicar aquilo que possivelmente não seja tão complicado. As perguntas foram formuladas de uma forma direta e concreta", acrescentou.

Na última quinta-feira, Riabkov disse ao canal de televisão russo "RTVI" que os EUA e a Otan haviam dito "não" às exigências da Rússia por garantias de segurança e descartado um reinício antecipado das negociações com o Ocidente.

Perguntado sobre as medidas de resposta de Moscou, ele não descartou a implantação de infraestrutura militar russa em Cuba e Venezuela.

Após essa declaração, Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do presidente dos EUA, advertiu que seu país responderia "decisivamente" se a Rússia implantar mísseis ou infraestrutura militar na Venezuela ou em Cuba.

O diplomata americano acrescentou que a questão não foi discutida durante as conversas entre Washington e Moscou na semana passada, e que tudo pode não passar de um "blefe" de Riabkov que não deveria ser levado muito a sério. EFE