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Com aposta no turismo seguro, Fitur recebe 107 países e quase 7 mil empresas

19/01/2022 20h19

Madri, 19 jan (EFE).- Quase 7.000 empresas e 107 países marcam presença a partir desta quarta-feira na 42ª edição da Feira Internacional de Turismo de Madri (Fitur), que mais uma vez aposta em um evento presencial, para passar a mensagem de que o turismo deve recuperar sua liderança como alavanca de desenvolvimento e conviver em segurança com a nova situação decorrente da pandemia.

A Fitur, que este ano tem a República Dominicana como país parceiro, ou convidado especial, atraiu mais participantes do que a edição do ano passado, embora ainda não tenha recuperado os números de antes da pandemia. E, como é usual, a América Latina terá uma ampla representação.

O evento foi inaugurado pelos reis da Espanha, Felipe VI e Leticia, que fizeram um extenso tour pelo local, com destaque para o estande da República Dominicana, onde foram recebidos pelo presidente do país, Luis Abinader, e pelo ministro de Turismo, David Collado, entre outras autoridades.

REPÚBLICA DOMINICANA, PARCEIRO DA FITUR.

A República Dominicana é o país parceiro da Fitur este ano e chega à feira depois de ter conseguido fechar 2021 com números históricos de visitantes, tornando-se o país da América Central e do Caribe que melhor se recuperou em termos de turismo.

O mês passado, por exemplo, foi o melhor dezembro da história do turismo dominicano, com quase 730 mil visitantes não residentes.

Além da República Dominicana, como é tradicional, a América Latina tem uma ampla representação na feira, com a presença da maioria dos ministros do Turismo da região e representantes do setor, que, além de apresentar sua oferta turística, buscam investidores.

É o caso, por exemplo, da Guatemala, cujo ministro do Turismo, Mynor Cordón, disse hoje à Agência Efe que estão "totalmente" abertos ao investimento estrangeiro para construir a infraestrutura básica de que o país precisa para ampliar sua oferta turística.

Por outro lado, o México, potência turística da América Latina e sétimo país do mundo em número de turistas, quer mostrar na Fitur a diversificação que está promovendo em sua oferta.

"Desde antes da pandemia, nós víamos isso. Não era possível que 92,5% do total do turismo internacional estivesse concentrado em apenas seis lugares voltados para o turismo, como Cancun, Cidade do México, Los Cabos, Puerto Vallarta e Monterrey", comentou à Efe o ministro do Turismo mexicano, Miguel Torruco.

PRESENCIAL, MAS COM MEDIDAS DE SEGURANÇA.

Se na edição anterior, realizada no ano passado, quando os prejuízos da pandemia foram consideráveis, a presença foi escassa, com grandes espaços vazios e um silêncio excepcional, a edição de 2022 recuperou grande parte da atividade e tanto o pessoal do setor como membros da imprensa ocupam os espaços do recinto.

Com 600 expositores e 6.933 empresas em oito pavilhões, os números ainda estão longe dos níveis da edição de janeiro de 2020, dois meses antes da declaração da pandemia (quando participaram mais de 900 expositores, 11.000 empresas e 165 países), embora sejam substancialmente melhores que os do ano passado, quando apenas três pavilhões foram preenchidos.

Devido ao atual cenário, os participantes devem cumprir rigorosas medidas de segurança. Tanto os profissionais como o público em geral são obrigados a apresentar o passaporte sanitário e, na sua ausência, um teste negativo (PCR ou antígeno) realizado nas 24 horas anteriores, além do uso obrigatório de um máscara PFF2.

TOUR REAL.

Em sua passagem pela Fitur, Felipe VI e a rainha Letícia percorreram vários estandes internacionais, começando pelo Marrocos, em um novo gesto de conciliação com o país do Magrebe com o qual a Espanha vive a pior crise diplomática em mais de uma década desde abril do ano passado.

Além do pavilhão marroquino, os reis visitaram os estandes de Portugal, Jordânia, e fecharam o tour na República Dominicana.

O rei e a rainha também saudaram um grupo de ministros do Turismo de diversos países presentes na feira, incluindo os de México, Colômbia, Cuba, Peru, Venezuela, Irã, Palestina, Tunísia e Moçambique. EFE