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Japão amplia restrições a maioria de regiões em meio a recorde de contágios

25/01/2022 14h56

Tóquio, 25 jan (EFE).- O governo do Japão decidiu nesta terça-feira elevar o nível de alerta sanitário e expandir as restrições de doenças para cobrir 34 de suas 47 prefeituras (divisões administrativas) à medida que os contágios por covid-19 continuam a aumentar no país, atingindo um recorde de mais de 62 mil em um dia.

A decisão acrescenta mais 18 regiões à lista daquelas já sob um estado de "quase emergência" sanitária, além de impor uma nova rodada de medidas anticontágio, incluindo Tóquio e prefeituras vizinhas.

A rápida disseminação do coronavírus no Japão, impulsionada pela variante ômicron, levou a maioria dos governos regionais a adotar medidas excepcionais para tentar conter o avanço da covid.

O governo nacional disse hoje que vai avaliar se é necessário recorrer ao mais alto nível de alerta, a emergência sanitária que já foi aplicada nas fases anteriores da pandemia, se as infecções continuarem a aumentar e se as autoridades locais assim exigirem.

"Como a declaração de emergência implica em fortes restrições aos direitos individuais, precisamos avaliá-la cuidadosamente", disse hoje o porta-voz do governo, Hirokazu Matsuno, em entrevista coletiva.

O principal assessor médico do governo sobre a pandemia, Shigeru Omi, também disse que as novas medidas anticontágio foram "elaboradas para se adequar às características da ômicron" e enfatizou a urgência de conter o vírus antes que ele se sobreponha à capacidade do sistema de saúde japonês.

As restrições implementadas sob a "quase-emergência" sanitária incluem principalmente a limitação do horário de funcionamento dos bares e restaurantes, considerados as principais fontes de contágios, e a proibição da venda de álcool em alguns casos.

As autoridades japonesas não têm poderes legais para impor o confinamento obrigatório à população e reforçaram a proteção nos acessos ao país após os primeiros casos da ômicron terem sido relatados em países africanos, embora isso não tenha impedido a propagação da nova variante no Japão. EFE