Japão amplia restrições a maioria de regiões em meio a recorde de contágios
A decisão acrescenta mais 18 regiões à lista daquelas já sob um estado de "quase emergência" sanitária, além de impor uma nova rodada de medidas anticontágio, incluindo Tóquio e prefeituras vizinhas.
A rápida disseminação do coronavírus no Japão, impulsionada pela variante ômicron, levou a maioria dos governos regionais a adotar medidas excepcionais para tentar conter o avanço da covid.
O governo nacional disse hoje que vai avaliar se é necessário recorrer ao mais alto nível de alerta, a emergência sanitária que já foi aplicada nas fases anteriores da pandemia, se as infecções continuarem a aumentar e se as autoridades locais assim exigirem.
"Como a declaração de emergência implica em fortes restrições aos direitos individuais, precisamos avaliá-la cuidadosamente", disse hoje o porta-voz do governo, Hirokazu Matsuno, em entrevista coletiva.
O principal assessor médico do governo sobre a pandemia, Shigeru Omi, também disse que as novas medidas anticontágio foram "elaboradas para se adequar às características da ômicron" e enfatizou a urgência de conter o vírus antes que ele se sobreponha à capacidade do sistema de saúde japonês.
As restrições implementadas sob a "quase-emergência" sanitária incluem principalmente a limitação do horário de funcionamento dos bares e restaurantes, considerados as principais fontes de contágios, e a proibição da venda de álcool em alguns casos.
As autoridades japonesas não têm poderes legais para impor o confinamento obrigatório à população e reforçaram a proteção nos acessos ao país após os primeiros casos da ômicron terem sido relatados em países africanos, embora isso não tenha impedido a propagação da nova variante no Japão. EFE
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