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México tem reserva de 30 milhões de vacinas contra covid-19 para 2022

18.mai.2021 - Profissional de saúde prepara dose da vacina CanSino contra a covid-19, na Cidade do México - Gerardo Vieyra/NurPhoto via Getty Images
18.mai.2021 - Profissional de saúde prepara dose da vacina CanSino contra a covid-19, na Cidade do México Imagem: Gerardo Vieyra/NurPhoto via Getty Images

27/01/2022 19h41

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou nesta quinta-feira que o país tem uma reserva de 30 milhões de vacinas contra a covid-19 para utilizar em 2022.

"Temos uma reserva no México de cerca de 30 milhões de doses, já temos fábricas para envasar vacinas", disse o presidente mexicano durante sua tradicional entrevista coletiva matinal no Palácio Nacional.

O governante lembrou ainda que o México foi o primeiro da América Latina a receber vacinas e reiterou que "temos reservas para este ano e para todos, democraticamente, sem distinção".

Nesse sentido, López Obrador defendeu a estratégia de vacinação que, segundo ele, tem ajudado a reduzir as mortes por covid-19.

"Está comprovado que quem é vacinado uma vez, duas vezes, se tiver vacina de reforço, não fica internado. Está comprovado que quem está internado, quem morre infelizmente, é quem não está vacinado", declarou.

Além disso, ressaltou que seu governo se concentrou em vacinar, obter vacinas "e conversar com os governos do mundo", além de ter 40 bilhões de pesos (US$ 1,9 bilhão) para entregar adiantamentos e conseguir mais doses para inocular a população.

Da mesma forma, negou que no México haja mais de 304.000 mortes por covid-19, apesar de nesta semana o Instituto Nacional de Estatística e Geografia ter informado que, devido à pandemia, houve um excesso de mortalidade de 532.549 mortes em 2021.

"Em mortes estamos em 23º lugar entre 30 (países do mundo). Vi um Twitter onde falavam de 700.000 mortos. infelizmente, 303.000 perderam a vida", destacou, para em seguida questionar: "De onde tiram essa informação?"

Em outro momento da entrevista, López Obrador disse que seu governo defenderá legal e politicamente o trabalho que Hugo López-Gatell, subsecretário de Saúde, realizou na gestão da pandemia de covid-19 no México.

O presidente se referiu assim à denúncia coletiva apresentada pelo advogado Javier Coello, que representa as famílias dos mortos pelo coronavírus, na Procuradoria Geral da República contra o funcionário por negligência na gestão da emergência sanitária.

López Obrador considerou que López-Gatell é vítima de uma campanha de ódio diante do que considerou o trabalho excepcional que tem feito para conter a pandemia no país.

"Não só é uma injustiça, mas é um ato de má fé, eu diria odioso. Não leva em conta que os serviços prestados à sociedade pelo doutor Hugo López-Gatell foram excepcionais", comentou.

O México soma até agora mais de 4,7 milhões de casos e acumula 304.308 mortes por covid-19 e, segundo as autoridades de saúde, 89% de sua população com mais de 18 anos já foi vacinada.