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Evo Morales cita Lula e fala em 'rebelião democrática' na América Latina

Além do triunfo de Lula, Morales previu o retorno do "kirchnerismo" e do "chavismo" à região - Alejandro Pagni/AFP
Além do triunfo de Lula, Morales previu o retorno do "kirchnerismo" e do "chavismo" à região Imagem: Alejandro Pagni/AFP

EFE, La Paz

29/03/2022 22h57

O ex-presidente da Bolívia Evo Morales declarou nesta terça-feira que há uma "rebelião democrática" em curso na América Latina devido às vitórias de candidatos identificados com a esquerda e ainda previu a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil.

"Sinto que na América Latina há uma rebelião democrática", disse Morales em um evento na cidade andina de Oruro por ocasião do 37º aniversário de seu partido, o governista Movimento para o Socialismo (MAS), que também contou com a presença do presidente do país, Luis Arce, e do vice-presidente, David Choquehuanca.

"Ganhamos no Peru, uma salva de palmas para o irmão Pedro Castillo (...) Ganhamos no Chile. Espero que nada aconteça na Colômbia, se nada acontecer, na Colômbia vai ganhar um partido de esquerda pela primeira vez com o irmão (Gustavo) Petro", detalhou o ex-governante, que preside o MAS.

Além do triunfo de Lula, Morales previu o retorno do "kirchnerismo" e do "chavismo" à região, diante de centenas de militantes do MAS, mas também de parlamentares pró-governo, ministros e embaixadores de Argentina, Nicarágua, Venezuela, Rússia, Cuba e Palestina.

"Imaginem, voltam os tempos do kirchnerismo, do chavismo, do Lula. Não estamos sozinhos", destacou.

Em sua opinião, "os Estados Unidos continuam a perder", porque "não há mais guerra fria", nem há o Grupo de Lima "para atacar" o falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, ou seu sucessor, Nicolás Maduro.

"Onde está a chamada Aliança do Pacífico? Com a Aliança do Pacífico queriam destruir a Unasul, a Celac, e não existe mais a Aliança do Pacífico", acrescentou.

A Aliança do Pacífico é um mecanismo de integração regional criado em 2011 por Chile, Colômbia, México e Peru que ainda está em vigor e ao qual o Equador pretende aderir como membro pleno.