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Governo sueco anuncia que vai pedir adesão formal à Otan

16/05/2022 16h17

Copenhague, 16 mai (EFE).- A primeira-ministra da Suécia, a social-democrata Magdalena Andersson, anunciou nesta segunda-feira, após uma reunião extraordinária do governo e um debate parlamentar, que o país vai pedir formalmente a adesão à Otan, rompendo assim uma política de dois séculos de neutralidade.

A medida, anunciada por Andersson em uma entrevista coletiva, conta com respaldo dos principais partidos políticos suecos e foi tomada no contexto da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Ontem, Andersson já tinha anunciado o apoio do partido governista à adesão da Suécia à Otan, meio ano após a legenda ter aprovado, em um congresso geral, a manutenção do status do país como aliado, mas não membro da aliança militar.

"O melhor para a segurança da Suécia e do povo sueco é aderir à Otan e se juntar à Finlândia", disse a primeira-ministra.

O embaixador da Suécia em Bruxelas vai apresentar o pedido de adesão "em breve" à sede da Otan na capital belga, junto com a Finlândia, disse Andersson.

A premiê também falou sobre as conclusões da análise da nova situação de segurança na Europa feita pela maioria dos partidos suecos, segundo as quais a adesão à Otan teria um efeito dissuasório no norte do continente, melhoraria a segurança e reduziria os riscos de conflitos.

"Infelizmente, não temos motivos para acreditar que a Rússia mudará em um futuro próximo", afirmou.

O governo da Suécia também decidiu adotar uma proposta que tornará possível ao país receber apoio militar de todos os membros da União Europeia e da Otan durante o processo de ratificação.

"A Suécia estará em uma situação vulnerável durante o tempo em que nossa solicitação estiver sendo processada", declarou.

Ao contrário da Finlândia, na Suécia a decisão de solicitar a adesão é tomada pelo governo e não há votação no Parlamento, embora hoje tenha havido um debate legislativo no qual as diferentes forças políticas mostraram sua posição sobre a adesão à Otan, que foi apoiada por uma clara maioria. EFE