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Kherson está em "crescente crise humanitária", diz defensora do povo

16/05/2022 16h33

Kiev, 16 mai (EFE).- Lyudmila Denisova, da Defensoria do Povo da Ucrânia, lançou um alerta nesta segunda-feira para a "crescente crise humanitária" na região de Kherson, onde estão cerca de 500 mil pessoas e que pode ficar sem medicamentos em cerca de duas semanas.

"Os residentes da região não têm possibilidade de irem para o território controlado pela Ucrânia, e a capacidade de se moverem pela região está, praticamente, restrita. Os ocupantes não permitem o acesso de voluntários, com ajuda humanitária e saqueiam os carregamentos humanitários", denunciou Denisova, por meio do Telegram.

A defensora do povo, citou como fonte o prefeito de Kherson, capital da região homônima, ao afirmar que a cidade "ficará sem medicamentos em duas semanas e que já não há soluções para as vias intravenosas, a medicação para doenças cardiovasculares é insuficiente, e falta oxigênio".

"Em todos os distritos da região, sem exceção de Kherson, existe uma importante necessidade de medicamentos", alertou Denisova.

A autoridade ucraniana afirmou ainda que na cidade, que tem cerca de 1 milhão de habitantes, ainda restam cerca de 500 mil sitiadas.

Além disso, Denisova afirmou que "nos primeiros dias de ocupação da região sul, os ocupantes saquearam um grande número de redes de alimentação e farmácia", e denunciou que os produtos roubados foram enviados para a Crimeia e para a Rússia.

Além disso, a defensora do povo garantiu que, como "ajuda humanitária", a Rússia distribui faz cinco anos produtos vencidos e, em troca, pedem dados pessoais, listas com nomes de aposentados, trabalhadores sociais e de pessoas que vivem em determinada localidade.

Denisova fez um apelo para a comissão da ONU que investiga violações dos direitos humanos durante a guerra da Ucrânia, "para que tenha em conta esses fatos".

A agência ucraniana de notícias "Ukrinform" garante que as tropas da Rússia tomaram a sede da prefeitura de Kherson em 25 de abril, e que o prefeito se declarou que se negava a cooperar com a "nova administração" nomeada por Moscou. EFE

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