Parlamento da Finlândia ratifica pedido de adesão à Otan
A histórica decisão, pela qual a Finlândia põe fim a quase oito décadas de política de neutralidade, recebeu 188 votos a favor e apenas oito contra, após dois dias de debate entre os parlamentares - ontem, no primeiro, os deputados discutiram a questão em plenário por 14 horas ininterruptas.
Como esperado, o pedido de adesão foi aprovado por ampla maioria entre os partidos políticos, incluindo a Aliança de Esquerdas, tradicionalmente anti-Otan.
Antes da votação final, o Comitê de Relações Exteriores do Eduskunta deu apoio unânime à entrada da Finlândia na aliança militar, por considerá-la a opção que oferece "a maior proteção adicional possível".
Outro dos mais importantes comitês parlamentares sobre o assunto, o Comitê de Defesa, também apoiou a adesão da Finlândia há uma semana e a definiu como "a melhor solução de segurança" para o país nórdico, diante das ameaças da vizinha Rússia.
Após a aprovação do Eduskunta, espera-se que o governo finlandês de Sanna Marin elabore o pedido formal de adesão à OTAN e o envie ao presidente Niinistö para assinatura.
Niinistö está em visita oficial à vizinha Suécia, cujo governo fez hoje seu próprio pedido formal de adesão à Otan.
A intenção dos dois países nórdicos, que mesmo sem serem membros eram aliados próximos da Otan, é apresentar as duas candidaturas simultaneamente no máximo até amanhã na sede do bloco militar, em Bruxelas, na Bélgica.
Uma vez recebido o pedido, a Otan convidará os dois países para que negociem as condições de adesão. As conversas devem ser muito curtas, uma vez que ambos os países atendem os critérios de inclusão.
Após a aprovação da Otan, caberá aos 30 países membros da aliança ratificar a adesão, um processo que parecia uma simples formalidade até ontem, quando a Turquia - que acusa a Finlândia e a Suécia de abrigar "terroristas" curdos - mostrou se contrária à adesão de ambos.
Niinistö e a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, viajarão a Washington na quinta-feira para se encontrarem com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com quem vão debater a entrada na Otan. EFE
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