EUA confiam que Finlândia e Suécia entrarão na Otan, apesar do veto turco
"Acho que (as coisas) vão correr bem", limitou-se a dizer o presidente dos EUA, Joe Biden, quando questionado por jornalistas sobre a forte oposição da Turquia à entrada na Otan desses países nórdicos, aos quais acusa de apoiar "terroristas" curdos.
Pouco depois, o conselheiro de segurança do governo americano, Jake Sullivan, afirmou em entrevista coletiva que a Casa Branca está otimista com as perspectivas de entrada dos países nórdicos, que hoje apresentaram suas respectivas solicitações na sede da Aliança Atlântica.
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"Estamos confiantes de que, em última análise, a Finlândia e a Suécia terão um processo de entrada eficaz e eficiente e que podemos atender às preocupações da Turquia", disse Sullivan, sem dar mais detalhes.
O governo turco acusa a Finlândia, e especialmente a Suécia, de ser um santuário para "terroristas", referindo-se tanto aos membros do guerrilheiro Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), atuante na Turquia e reconhecido pelos EUA e União Europeia como terrorista, como as milícias Unidades de Proteção do Povo Sírio (YPG), que não têm essa consideração.
Sullivan afirmou que a ideia de Finlândia e Suécia ingressarem na Otan recebeu apoio "unânime" da equipe de segurança nacional de Biden, que amanhã receberá, em Washington, a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson e o presidente finlandês, Sauli Niinistö.
Em um comunicado, Biden se comprometeu em trabalhar para uma entrada "rápida" na Otan para Finlândia e Suécia, algo que requer ratificação pelo Congresso dos EUA, que espera votar a questão antes de agosto.
A invasão russa da Ucrânia e as ameaças do Kremlin causaram uma mudança na posição da Finlândia e da Suécia, que decidiram pedir a adesão à Otan após décadas de "não alinhamento". EFE