Boric promete reparação para vítimas de violência policial no Chile em 2019
"Como chefe de Estado, não podemos nos conformar hoje em dia com a vergonha ou a indignação. Temos o dever e a obrigação de dar uma resposta", disse presidente, em um evento com pessoas que foram afetadas pela repressão das forças de segurança às manifestações.
"Contem conosco. Vocês não estão sozinhos", indicou o presidente chileno.
Boric anunciou que será apresentado um "projeto de lei para garantir um processo penal especializado em direitos humanos", e também a formação de um grupo sobre "reparação integral", que será formado em julho e analisará possíveis indenizações.
A comissão será liderada pela senadora Fabiola Campillai, uma das vítimas mais simbólicas da violência policial empregada no Chile para sufocar os protestos de 2019, que foi denunciada pela ONU, Anistia Internacional, entre outras.
A parlamentar, de 39 anos, foi atingida pelo disparo de uma bomba de gás lacrimogêneo no rosto quando ia para o trabalho, na periferia de Santiago, e ficou cega.
"A reparação é para todas as vítimas desse governo nefasto", afirmou Campillai, em referência ao antecessor de Boric, Sebastián Piñera.
O julgamento do ex-policial Patricio Maturana, acusado de disparar contra a agora senadora foi iniciado no último dia 10. O Ministério Público pede 12 anos de prisão contra o antigo agente. EFE
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