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Otan pode aumentar tropas em alerta máximo para mais de 300 mil militares

27/06/2022 15h31

Bruxelas, 27 jun (EFE).- Os líderes da Otan podem chegar a um acordo na cúpula desta semana, em Madri, para aumentar suas forças em alerta máximo de 40 mil militares para "mais de 300 mil", disse nesta segunda-feira o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, em entrevista coletiva.

Ele ressaltou que os chefes de Estado e de governo dos países da Otan pretendem reforçar alguns dos batalhões destacados nos países da Europa Oriental no contexto da invasão da Ucrânia pela Rússia.

A iniciativa, segundo Stoltenberg. representa "a maior revisão de nossa dissuasão e defesa coletiva desde a Guerra Fria".

"Vamos transformar a Força de Resposta da Otan. E vamos aumentar o número de nossas forças de alta prontidão para bem mais de 300 mil (militares)", anunciou o político norueguês.

Estas tropas, disse Stoltenberg, "atuarão ao lado das forças de defesa do país que as receber e se familiarizarão com o local, as instalações e as novas reservas pré-posicionadas", para que "possam responder de forma suave e rápida a qualquer emergência".

Após a crise na península da Crimeia em 2014, a Otan decidiu instalar quatro batalhões multinacionais na Polônia e nos Estados bálticos. E a guerra promovida pela Rússia neste ano contra a Ucrânia levou os aliados a aumentarem a presença em Romênia, Bulgária, Hungria e Eslováquia.

Stoltenberg também falou sobre a Otan aprovar,e m Madri, um novo Conceito Estratégico, o documento que vai orientar suas ações durante a próxima década em resposta a "uma nova realidade de segurança" e que representará "uma mudança fundamental em dissuasão e defesa" para a aliança militar.

Ele afirmou que o documento deve guiar a Otan "em uma era de competição estratégica" e que espera que ele "deixe claro que os aliados consideram a Rússia como a ameaça mais significativa e direta" a sua segurança.

No Conceito Estratégico atualmente em vigor, adotado na cúpula de Lisboa, em 2010, os aliados ainda classificam a Rússia como um "parceiro estratégico". EFE