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Putin se diz aberto a diálogo, mas critica "exclusividade" do Ocidente

30/06/2022 14h16

Moscou, 30 jun (EFE).- A Rússia está aberta ao diálogo sobre estabilidade estratégica e controle de armas, mas considera a atitude do Ocidente de promover sua exclusividade perigosa, disse nesta quinta-feira o presidente do país, Vladimir Putin.

"A Rússia está aberta ao diálogo para garantir a estabilidade estratégica, mantendo o regime de não proliferação de armas de destruição em massa, melhorando a situação na esfera do controle de armas", declarou o líder russo no 10º Fórum Jurídico Internacional de São Petersburgo.

Segundo Putin, "a agenda da Rússia nos assuntos internacionais sempre foi e continua sendo construtiva".

"Desenvolvemos relações multipolares com todas as partes interessadas, dedicamos grande atenção à cooperação com a ONU, o G20, os países BRICS, a Organização de Cooperação de Xangai e outras entidades", afirmou.

Putin usou o evento, que coincide com a cúpula realizada pela Otan em Madri, para atacar o Ocidente, denunciando que "há países que promovem sua exclusividade, mas em suas políticas internas violam a lei e pisam em conceitos como a liberdade de expressão e a inviolabilidade da propriedade".

O líder russo disse que alguns países tentam "suplantar a lei com seus ditames e normas internacionais com suas jurisdições nacionais" em uma "recusa deliberada de seguir princípios legais básicos: justiça, respeito, igualdade de direitos e humanismo".

Neste contexto, ele comentou que "ouvimos cada vez mais avaliações radicais sobre a derrogação do próprio conceito de direito internacional".

De acordo com o presidente russo, alguns países "não estão dispostos a se contentar com a perda de seu papel dominante global e procuram preservar o injusto modelo unipolar".

"Escondidos atrás da fachada de uma suposta ordem, baseados em regras e outros conceitos duvidosos, eles estão tentando controlar e orientar os processos globais a seu bel-prazer, e estão caminhando para a criação de blocos e coalizões fechados, que tomam decisões que só servem a um país, os Estados Unidos", declarou. EFE