Biden defende aprofundar controle de armas e proibir fuzis de assalto
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse nesta terça-feira, que o presidente foi "muito claro" sobre a necessidade de se aprofundar em uma reforma a respeito das armas de fogo.
Mesmo assim, afirmou que Biden está "satisfeito" com a legislação aprovada em junho com um acordo entre democratas e republicanos.
A porta-voz observou que na segunda-feira, no desfile pelo Dia da Independência dos EUA em Highland Park, no estado de Illinois, o atirador utilizou um fuzil de assalto.
Jean-Pierre comentou que há 30 anos, quando Biden era senador, liderou os esforços para proibir as armas de assalto e que hoje gostaria de ver de novo tal feito.
Nesse sentido, disse estar otimista de que tal veto seria possível no Congresso - onde os democratas têm uma maioria magra no Senado - após o acordo mínimo alcançado em junho.
Em 1994, a legislatura dos EUA aprovou a lei Brady, que proibia armas de assalto em nível federal, mas a medida expirou dez anos depois, quando não foi renovada por membros do Congresso.
Em junho, o Congresso aprovou o aumento do controle de armas, com um acordo entre democratas e republicanos, após 19 crianças e dois professores terem sido mortos em tiroteio em uma escola primária em Uvalde, no Texas, em maio, e outras dez pessoas terem sido assassinadas em um ataque de motivação racista em Buffalo, em Nova York.
A nova lei, assinada por Biden, inclui uma análise do processo de compra de armas para menores de 21 anos e amplia a nível nacional as chamadas regras de "bandeira vermelha", que permitem um procedimento legal para confiscar as armas de fogo daqueles que representam um perigo para si ou para os outros.
A legislação também busca acabar com a chamada "lacuna do namorado", segundo a qual, até agora, se alguém fosse acusado de violência doméstica sem ser casado, continuaria podendo possuir armas, algo que não acontece no caso de pessoas casadas.
Apesar deste marco legislativo, a Suprema Corte dos EUA, de maioria conservadora, expandiu em junho o direito de portar armas ao dar o aval para que possam ser portadas em público. EFE
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