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Maior incêndio industrial de Cuba está controlado, segundo autoridades

10/08/2022 19h13

Matanzas (Cuba), 10 ago (EFE).- Autoridades cubanas afirmaram nesta quarta-feira que já está controlado o incêndio que atingiu uma base de depósitos de combustível em Matanzas, o maior incêndio industrial da história do país, que deixou um morto, 14 desaparecidos e mais de cem feridos.

O vice-chefe do departamento nacional de Extinção do Corpo de Bombeiros de Cuba, Alexander Ávalos Jorge, informou em entrevista coletiva o progresso do incêndio, que danificou quatro tanques de 50 mil litros cada desde sexta-feira.

Neste momento, as equipes de emergência trabalham em três setores de combate na área dos quatro tanques afetados, dos oito que se encontram no local.

"Estamos mais tranquilos, sempre preocupados, mas mais calmos, a extinção não será hoje, mas pouco a pouco acabaremos com ela", acrescentou o tenente-coronel.

Ávalos agradeceu o apoio da população e das forças de resgate mexicanas e venezuelanas, cujo trabalho conjunto com as forças cubanas permitiu avançar no controle do fogo.

"Extinguimos focos isolados que não estão em perigo de se propagarem e continuamos esfriando os tanques", acrescentou.

O diretor provincial de Saúde Pública, Luis Wong, disse que o número de feridos é 128 e o número de doentes hospitalizados é 20, cinco deles em estado crítico e dois em condição grave.

O morto é um bombeiro de 60 anos. Segundo Wong quando as condições estiverem certas, as autoridades procurarão os restos mortais das vítimas.

Ao todo, 14 bombeiros foram dados como desaparecidos pelas autoridades na primeira explosão de um dos tanques.

A base contém oito tanques com uma capacidade de 50 mil metros cúbicos cada, e quatro foram danificados, de acordo com relatórios oficiais.

O incêndio foi declarado na sexta-feira passada, quando um relâmpago atingiu um dos oito tanques do parque.

Nos dias seguintes, as chamas afetaram quatro destas infraestruturas, que são estratégicas para o país, provocando graves explosões, com labaredas de dezenas de metros, e uma coluna de fumaça preta tóxica que atingiu Havana, a 104 quilômetros de distância.

O governo cubano ainda não divulgou estimativas do custo econômico deste evento, que já é descrito como o maior desastre industrial do país. EFE