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Borrell condena sentença de mais 6 anos de prisão para Suu Kyi em Mianmar

15/08/2022 16h29

Bruxelas, 15 ago (EFE).- O alto representante da UE para Relações Exteriores, Josep Borrell, condenou nesta segunda-feira a sentença "injusta" de mais seis anos de prisão imposta por um tribunal militar de Mianmar a líder deposta e vencedora do prêmio Nobel Prêmio da Paz Aung San Suu Kyi.

"Condeno a injusta sentença de Aung San Suu Kyi a mais seis anos de prisão e exorto o regime de Mianmar a libertá-la imediata e incondicionalmente, assim como o resto dos presos políticos, e respeitar a vontade do povo", escreveu Borrell no Twitter.

O tribunal condenou Suu Kyi a mais seis anos de prisão por casos de corrupção atribuídos a ela, segundo fontes próximas ao processo judicial, depois de ser julgada a portas fechadas por um tribunal controlado pelos militares golpistas na capital, Naypyidaw.

A pena de seis anos se soma aos 11 anos de prisão a que Aung San Suu Kyi já havia sido condenada, que está presa desde 1º de fevereiro de 2021, quando o general Min Aung Hlaing tomou o poder através de um golpe militar.

O golpe mergulhou Mianmar em uma profunda crise política, social e econômica e abriu uma espiral de violência com novas milícias civis que exacerbaram a guerra de guerrilhas que o país vive há décadas.

Pelo menos 2.189 pessoas morreram como resultado da repressão brutal da polícia e soldados, que chegaram ao ponto de atirar para matar manifestantes pacíficos e desarmados, segundo dados coletados pela ONG local Associação para Assistência de Presos Políticos. EFE