5 vezes em que mães defenderam seus filhos do racismo

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A atriz Giovanna Ewbank defendeu os filhos Titi e Bless após os dois sofrerem um ataque racista em um restaurante no litoral de Portugal. A agressora mandou os irmãos voltarem para a África e disparou insultos, como "pretos imundos". Giovanna revidou com gritos e xingamentos, e acionou a polícia.

Nas redes sociais, o assunto rendeu vários questionamentos. Entre eles, o fato de Giovanna ser uma mulher branca. Para Cris Guterres, colunista de Universa, a reação da mãe seria mal interpretada se ela fosse negra. Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, a atriz falou sobre "privilégio branco" e que a luta contra o racismo "é de todo mundo".

Eu sei que eu, como mulher branca, indo confrontá-la, a minha fala vai ser validada. Eu não vou sair como a louca, a raivosa, como acontece com tantas outras mães pretas que são leoas, assim como eu fui nesse episódio, mas que são invalidadas e tachadas como loucas
Giovanna Ewbank

Nesta edição, Nós Negros relebra casos em que mães negras denunciaram ações racistas contra seus filhos. Em um discurso no TEDxSão Paulo, a atriz Taís Araújo falou sobre os desafios de criar filhos pretos. "A cor do meu filho é o que faz as pessoas mudarem de calçada, segurarem suas bolsas, blindarem seus carros", disse.

No ano passado, o perfil da ex-BBB 21 e cantora Pocah recebeu uma enxurrada de ofensas racista contra sua filha, Vitória. Entre elas, comentários pejorativos sobre seu cabelo. Pocah levou o caso à Justiça. "Para uma mãe isso é destruidor."

A jornalista Suzana Barelli, de São Paulo, também se manifestou nas redes sociais e procurou à Justiça após seu filho negro de 10 anos ter sido impedido de entrar em uma doceria por um segurança. "Não pode pedir aqui", disse o homem.

Na Bahia, a vigilante Jacira Tavares denunciou funcionários de uma escola militar que expulsaram sua filha de 13 anos de uma aula por causa do cabelo crespo. Um instrutor disse que as madeixas estavam presas, como mandam as normas, mas o cabelo estava "inchado".

Em Santa Catarina, Cristina Zelma buscou reparação na Justiça após a filha ter as tranças cortadas por uma colega de escola dentro da sala de aula. Para a agressora, a ação se justificava porque a vítima tinha o "cabelo de negro e ruim".

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DESPEDIDA... Nesta última semana o Brasil se despediu de Miró do Muribeca, poeta e cronista da periferia de Recife, cujos textos fazem retratos fiéis da capital pernambucana.

DESPEDIDA II... Nos EUA, fãs também se despediram do ex-jogador de basquete Bill Russell, lenda do Boston Celtics e maior campeão da história da NBA. Como ativista, Russel deixa um legado dentro e fora das quadras.

DESPEDIDA III... Nichelle Nichols, a Uhura de "Jornada nas Estrelas", morreu aos 89 anos. Pela relevância da personagem, a atriz chegou a ser convidada pela NASA para estimular mulheres negras a serem astronautas.

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COTAS PELO MUNDO... As cotas em universidades são uma realidade em diversos países do mundo. O UOL compilou um panorama sobre a Lei de Cotas na Índia, que admite o ingresso dos "dalits", comunidade chamada de "intocáveis", e nos EUA, que garante bolsas a alunos negros em Harvard.

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HISTÓRIA PRETA... TAB contou a história da ama de leite Ambrosina, uma mulher negra, mãe e escravizada, que foi acusada de assassinar o filho dos patrões por preferir amamentar o próprio filho.

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PATRIMÔNIO... O Dia da Capoeira é comemorado em 3 de agosto. Considerada Patrimônio Histórico, a data simboliza o movimento de resistência dos negros no Brasil na época da escravidão. No Rio, um evento no fim do mês irá reunir grandes mestres da capoeira em clima de competição.

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DANDO A LETRA

Lá em casa, em África, quando estamos em apuros nunca chamamos o nome de santos. Não existe nome mais forte que o nome de nossa mãe ou avó, que é uma forma tão maravilhosa de reconhecimento. É o mais antigo costume preservado de minha África, que também é mãe. A mãe é sagrada, então a terra é sagrada duas vezes ou mais"
Dona Jacira, colunista de Ecoa

Em Ecoa, Dona Jacira pede respeito à figura da mãe e da avó e relata sobre a força da ancestralidade.

Em Viva Bem, Elânia Francisca debate as barreiras geradas pelo tabu da sexualidade dentro da família.

Em Notícias, André Santana e Jeferson Tenório repercutem o caso de racismo envolvendo a família de Giovanna Ewbank. Santana comenta como o racismo não poupa ninguém e Tenório aponta o tratamento diferenciado às pessoas brancas.

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PEGA A VISÃO

Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e em outros países que estão no topo do ranking de população carcerária no mundo, a maioria das pessoas presas é negra"
Pablo Nunes, coordenador do Centro de Estudo de Segurança e Cidadania

No Brasil, mais de 900 mil pessoas estão em situação de cárcere, segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o que leva à condição de encarceramento em massa. O índice faz com que o Brasil fique atrás apenas da China e dos Estados Unidos em número absoluto de pessoas sem liberdade.

No país, o encarceramento é maior entre pessoas negras, sobretudo homens. Com um agravante: a maioria delas são presas sem condenação, ou seja, estão presas temporariamente.

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SELO PLURAL

No episódio #90 de Papo Preto, o podcast conta a história de congoleses que vivem no Brasil para mostrar que o país é diferente das novelas para o imigrante negro.