A difícil tarefa de acreditar na eleição de Maduro

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O mundo não comprou o anúncio de que Maduro venceu as eleições na Venezuela. A União Europeia, por exemplo, anunciou que não reconhecerá a vitória até que os dados de cada sessão sejam publicados. O Brasil, na figura de Celso Amorim, também pediu a divulgação das atas das urnas.

Leonardo Sakamoto pede o mesmo: "O governo venezuelano tem que mostrar as atas, mostrar transparência. Se não mostrar transparência e não mostrar as atas, não importa quem venceu, se venceu de fato". Já Reinaldo Azevedo coloca um bode anterior na sala: "Não considero que a democracia se limite à realização de eleições, ou eu teria de aplaudir as 'democracias' do Irã, da Hungria e da Turquia, que democracias não são. Quando não há igualdade de condições na disputa, a escolha já está maculada".

Wálter Maierovitch explica por que o próprio desenho legal faz com que o órgão que proclamou a vitória do ditador não seja nem legítimo nem isento.

Com tudo isso, melhor ficar com a reflexão de Josias de Souza: "De tão incrível, vitória de Maduro é fantasticamente inacreditável". Ou, como diz Fernanda Magnotta, "acreditar que 'agora seria diferente' na Venezuela era pura ingenuidade".

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Opinião

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