Venezuela rompe acordo com o Brasil e faz cerco a embaixada da Argentina
Esta é a newsletter Pra Começar o Dia. Inscreva-se gratuitamente para receber no seu email de segunda a sexta. Conheça as demais newsletters do UOL. São cerca de 20 opções sobre os mais variados assuntos para a sua escolha.
********
* Polícia cerca embaixada da Argentina em Caracas, mantida pelo Brasil. O domingo foi de tensão diplomática entre Brasil e Venezuela depois que o governo Maduro rompeu o acordo que permitiu que o Brasil assumisse a Embaixada da Argentina em Caracas, depois que seus representantes foram expulsos do país por questionaram o resultado das eleições de julho. Seis integrantes da oposição venezuelana, foragidos da Justiça, estão abrigados na embaixada, e o governo Maduro disse que decidiu revogar a custódia brasileira porque teria "provas" de que o local estaria sendo usado para planejamento de atos "terroristas" e de "tentativas de assassinato" contra ele e sua vice, Delcy Rodríguez. Nenhuma dessas provas foi apresentada. No início da noite de ontem o cerco foi suspenso, mas o controle no acesso à embaixada foi mantido.
*****
Lula convoca reunião de emergência e governo admite tensão. O cerco à Embaixada da Argentina e a suspensão unilateral do acordo que dava a custódia ao Brasil foram tratados no governo Lula como um "choque" e como sinais claros de distanciamento entre os países. A avaliação do governo é de que, apesar dos esforços do Brasil de mediar a crise e buscar uma saída política, o momento é de tensão entre os dois países. De acordo com o colunista do UOL Jamil Chade, o governo brasileiro já considera que terá de repassar a custódia da embaixada para outro país, mas quer ganhar tempo até que um novo entendimento seja estabelecido para evitar a invasão.
* Brasil festeja sua melhor campanha da história nas Paralimpíadas. O país ficou em quinto lugar no quadro de medalhas, atrás somente de China, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Holanda. O Brasil teve o melhor desempenho da história em pódios e primeiros lugares conquistados: foram 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. O Brasil também obteve medalhas em dois esportes que nunca tinham subido ao pódio antes: no tiro paralímpico, em que ganhou a prata com Alexandre Galgani, e o para-badminton, em que Vitor Tavares ganhou o bronze. Os Jogos de Paris terminaram ontem com uma festa que celebrou a diversidade e elogiou o brasileiro Gabrielzinho, que conquistou três ouros. Ele foi citado no discurso de Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador dos Jogos. Saiba como foi.
* Secas e queimadas que afetam o Brasil deixam alimentos mais caros. A maior estiagem dos últimos 44 anos e os milhares de focos de queimada no país já provocam impacto no preço do açúcar, do suco de frutas, carnes, leites e derivados. Cerca de 80 mil hectares em áreas de cana-de-açúcar e de rebrota de cana já foram queimados no estado de São Paulo, gerando um prejuízo de R$ 800 milhões e provocando um aumento de 2,36% no preço do açúcar na semana que passou. O aumento do feijão deverá chegar a 40% até o final do ano no atacado, segundo economistas. Frutas como laranja, melancia e banana também deverão ficar mais caras porque a produção será menor, e produtos como carne, leite e seus derivados vão subir pela diminuição das áreas de pastagem. Saiba mais.
* Incêndio consome 10 mil hectares na Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Equipes do ICMBio e do Ibama combatem as chamas, que começaram na última quinta-feira, com duas aeronaves utilizadas para o lançamento de água. A dificuldade do Corpo de Bombeiros é conter o "fogo subterrâneo", 55 brigadistas e voluntários encharcaram as áreas onde o fogo surge por causa da queima no subsolo e cavaram trincheiras em volta dos focos para impedir a propagação. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu ontem alerta vermelho na região por conta da baixa umidade, abaixo de 12%, nos três estados do Centro-Oeste, o que facilita a ocorrência de incêndios florestais. Leia mais.
* Donald Trump e Kamala Harris seguem em empate técnico nos EUA. O republicano aparece com 48% das intenções de voto em pesquisa publicada ontem pelo The New York Times, contra 47% da candidata democrata. A pesquisa está alinhada com outros levantamentos feitos nos sete estados que decidirão as eleições presidenciais. Nesses locais, Harris está empatada com Trump ou detém uma pequena vantagem, segundo as médias de pesquisas do jornal. Amanhã, Kamala e Trump participarão do primeiro — e talvez único — debate da corrida eleitoral. Veja todos os números da pesquisa.
Deixe seu comentário