Governo Lula minimiza declarações de Trump sobre não precisar do Brasil

Após tomar posse na segunda-feira para o seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump disse que não precisa do Brasil quando foi questionado sobre como ficará a relação de seu governo com o país e com a América Latina. "Eles precisam muito mais de nós do que nós precisamos deles", disse ele. Nesta terça, o governo minimizou a declaração e disse que pretende adotar um comportamento mais prudente, esperando o desenrolar dos fatos para então discutir eventuais mudanças de rumo nas relações. A secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, disse que o lado brasileiro dará prioridade para trabalhar as convergências entre os países. No primeiro dia após a posse, Trump revogou 78 ordens executivas e medidas impostas por Joe Biden durante seu governo. Leia tudo que ele assinou e revogou até agora.
Dólar cai em meio a dúvidas sobre novas tarifas de governo americano. A moeda fechou a cotada a R$ 6,031, uma leve queda de 0,18%, reflexo da reação do mercado diante da ameaça do presidente dos EUA de impor tarifas de 25% sobre produtos importados do México e Canadá a partir de 1º de fevereiro. Segundo analistas, o mercado opera com dúvidas sobre se Donald Trump vai adotar um tom mais agressivo contra parceiros comerciais ou não, fazendo a moeda oscilar constantemente durante a sessão. Trump disse ainda que as tarifas sobre produtos chineses seriam de 100%, além de exigir que a União Europeia comprasse mais petróleo dos EUA.
Medida de Trump deve retirar bilhões do combate a doenças. A saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde, assinada por Donald Trump ontem deve prejudicar o financiamento na prevenção e combate de doenças como a poliomielite, Aids e Mpox em todo planeta. O país era o maior doador e um dos fundadores da organização. A OMS é financiada por países ligados à ONU. Entre 2022 e 2023, os americanos repassaram 1,2 bilhão de dólares e cerca de 42% dos recursos eram destinados ao controle de doenças no continente africano. Ainda há incerteza se Trump também vai dificultar a participação de profissionais de saúde do país na instituição. De acordo com a OMS, os americanos são mais da metade dos voluntários em missões de saúde em 100 nações. Saiba mais.

Região Sudeste registra oito das 10 maiores temperaturas do país. Rio de Janeiro e Espírito Santo foram os estados mais quentes, onde os termômetros marcaram 38,9°C em Niterói, e 38,6°C em Alegre. A atual onda de calor é uma combinação de três fatores, segundo a Climatempo: a diminuição da nebulosidade, a ausência de ventos frios de origem polar, e o aquecimento adiabático - um fenômeno que acontece quando o vento empurra o ar quente do planalto para o mar. O ar "forçado" a descer para o litoral aquece mais ou menos 1°C a cada 100 metros. O calor intenso deve continuar nos próximos dias.
São Paulo tem 28 municípios em emergência por dengue. Das cidades em alerta, 17 estão no Departamento Regional de Saúde de São José do Rio Preto, quatro nos DRS de Araçatuba e de Taubaté, e um nos departamentos de Campinas, São João da Boa Vista e Sorocaba. O estado contabilizou, até o meio-dia de ontem, 19.636 casos confirmados de dengue. Três pessoas morreram. Há outros 37.138 casos e 83 óbitos em investigação. No país todo, de 1º a 18 de janeiro, foram confirmados 24.319 casos da doença e oito mortes. O Ministério da Saúde vai distribuir 6,5 milhões de testes rápidos para diagnóstico da dengue em todos os estados do país a partir da semana que vem para ampliar a identificação precoce dos casos.
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