Países da América Latina convocam reunião para discutir deportações

A Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) convocou para o próximo dia 30 de janeiro uma assembleia extraordinária de urgência para discutir as deportações de imigrantes iniciadas pelo governo de Donald Trump. Neste domingo, a Colômbia se recusou a receber aviões fretados do governo dos Estados Unidos depois de relatos de que brasileiros sofreram maus-tratos no vôo de deportação. Em resposta, Trump disse que seu governo impôs sanções contra a Colômbia, suspendeu a emissão de vistos no consulado americano em Bogotá e prometeu tarifas alfandegárias de 25% contra mercadorias colombianas. Já no final da noite de ontem, os dois países entraram em um acordo. Petro aceitou a deportação de imigrantes colombianos ilegais, mas seu chanceler viajará a Washington para dialogar sobre os termos. Enquanto isso, os EUA irão manter as sanções de visto emitidas pelo Departamento de Estado e as inspeções reforçadas da Alfândega e Proteção de Fronteiras. Entenda a crise.
Brasileiros deportados dos EUA relatam maus-tratos. Os brasileiros que chegaram ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte neste sábado relataram agressões, ameaças e tratamento degradante que sofreram por parte dos agentes de imigração dos Estados Unidos responsáveis pelo voo de volta ao Brasil. Vários deles relataram ter ficado 50 horas algemados, sem ar condicionado no voo e sujeitos a abusos. O avião pousou inicialmente em Manaus, mas seguiria para Belo Horizonte. Segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, assim que foi informado da situação pela PF, o presidente Lula determinou a retirada das algemas dos brasileiros e enviou um avião da FAB para fazer o transporte até Minas Gerais. O Itamaraty acusa os EUA de não respeitarem o acordo de deportação firmado entre os dois países ainda no governo Biden, e informou que irá se queixar ao governo Trump pelo tratamento dados aos imigrantes.
PF vai investigar denúncias de agressões contra deportados dos EUA. A Polícia Federal do Amazonas instaurou um procedimento para apurar as denúncias das supostas agressões sofridas por brasileiros, segundo informação revelada pela TV Globo. A investigação será encaminhada para o departamento dos Estados Unidos responsável pela imigração e será compartilhada com órgãos internacionais de cooperação. Os deportados mostraram fotos apresentadas à polícia para reforçar a denúncia de agressão física. As imagens recebidas pelo UOL mostram lesões nas mãos, braços, peito e costas. Veja.
Chuva forte provoca alagamentos e morte em São Paulo. Um menino de 7 anos morreu ontem após ser arrastado pela água para uma galeria em um parque em Itapecerica da Serra, na região metropolitana. É a terceira morte registrada desde sexta-feira na capital e Grande São Paulo em razão das chuvas. A Defesa Civil informou que, desde dezembro, esta é a 17ª morte. Outras seis pessoas ficaram feridas ontem depois do desabamento de uma casa no Itaim Paulista, zona leste de São Paulo, também em razão das tempestades. Além da criança, um motociclista ainda não identificado morreu no sábado arrastado pelas águas, e o artista Rodolpho Tamanini Netto, de 73 anos, morreu após ser arrastado por um carro que invadiu a casa dele no bairro de Vila Madalena, na capital. Segundo testemunhas, com a força da água, o carro derrubou o portão e arrastou o artista até o fundo de sua casa.
Primeira delação de Cid citou 9 dos 40 indiciados pela PF por trama golpista. A íntegra do documento de agosto de 2023, obtida pelo colunista da Folha Elio Gaspari, mostra que Cid apontou 20 nomes que estariam envolvidos na trama, mas nem todos foram indiciados mais de um ano depois pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Em seu depoimento, ele já sugeria o envolvimento dos generais Walter Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, e Mario Fernandes. Cid também apontava a participação direta do ex-assessor de Bolsonaro Filipe Martins, considerado um dos principais articuladores do plano, e do ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier. Ele disse ainda que a ala "mais radical" do grupo que defendia um golpe de Estado no Brasil incluía Michelle e Eduardo Bolsonaro. Saiba mais.
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