Lula demite Nísia, confirma Padilha na Saúde e dá início à reforma

Após uma breve conversa com Nísia Trindade no Palácio do Planalto na tarde de ontem, o presidente Lula demitiu a ministra da Saúde e anunciou que ela será substituída por Alexandre Padilha, que deixa a Secretaria de Relações Institucionais. A troca na pasta já era esperada porque Lula já havia avisado a aliados na semana passada. A gestão de Nísia vinha sendo alvo de queixas de integrantes do Congresso, de membros do Palácio do Planalto e do próprio presidente, que chegou a fazer cobranças pela falta de uma marca forte na área. Alexandre Padilha já chefiou a pasta no governo Dilma Rousseff. A saída de Nísia reduz, ao menos por enquanto, a quantidade de mulheres na Esplanada: agora, elas chefiam 9 de 38 ministérios. Saiba mais.
Governo anuncia vacina brasileira contra dengue em 2026. Antes de ser demitida do Ministério da Saúde, a ministra Nísia Trindade anunciou, na tarde de ontem, uma vacina de dose única, de produção nacional, que será destinada para a faixa etária de 2 a 59 anos pelo SUS a partir do ano que vem. O governo afirma que irá disponibilizar 60 milhões de doses por ano, com integração ao Programa Nacional de Imunizações. A produção da vacina vai ser totalmente nacional pelo Instituto Butantan. O imunizante é tetravalente — atua contra os quatro sorotipos da dengue — e tem eficácia de 79,6% em casos de dengue sintomática e 89% em casos graves, segundo o Ministério da Saúde. O pedido de registro já está em análise na Anvisa. Saiba mais.
Congresso promete ao STF individualizar autores de emendas. As Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal enviaram ontem ao Supremo uma resposta aos questionamentos sobre a transparência e a rastreabilidade das verbas destinadas por emendas de comissão e prometeram, além de individualizar o nome dos autores, votá-las em comissões. As medidas listadas pelo Congresso incluem também a padronização de atas com as decisões das bancadas estaduais, comissões temáticas sobre a escolha de como serão gastas as verbas e planilhas para que deputados e senadores indiquem o beneficiário. O pagamento das emendas de comissão foi suspenso no ano passado e se tornou alvo até de investigação pela Polícia Federal, por determinação do ministro Flávio Dino. Uma audiência de conciliação entre a cúpula do Congresso e Dino está marcada para a próxima quinta-feira.
Trump diz que cobrará US$ 5 milhões por cartão de residência nos EUA. O presidente dos Estados Unidos informou que pretende vender "cartões ouro" para estrangeiros milionários se fixarem no país. Trump defendeu que o projeto oferecerá residência e um caminho para obter cidadania americana para pessoas que investirem no país. "Vamos colocar um preço nesse cartão de cerca de US$ 5 milhões e isso lhe dará privilégios de Green Card, além de ser um caminho para a cidadania", explicou. O presidente estimou a venda de um milhão desses cartões, o que geraria retorno de 5 trilhões de dólares, e disse acreditar que empresas vão pagar para certos funcionários terem o cartão. Leia mais.
Avaliação negativa do governo Lula cresce 13 pontos. Pesquisa CNT/MDA divulgada ontem mostra que a avaliação negativa do governo bateu recorde neste mandato e atingiu 44%, o que representa um crescimento de 13 pontos percentuais em relação à rodada anterior, feita em novembro de 2024. O governo petista tem pior avaliação que o de Bolsonaro no mesmo ponto do mandato. Com dois anos de governo, em fevereiro de 2021, Bolsonaro tinha 36% de avaliação negativa. A desaprovação pessoal do presidente atingiu 55%, nove pontos mais do que a registrada na última consulta. A pesquisa mostrou ainda que 64,8% dos entrevistados consideram que Lula não merece reeleição, contra 31,7% que acharam que o presidente merece governar o país por mais quatro anos. Veja todos os números.
Defesa de Bolsonaro pede suspensão de prazo para se manifestar sobre denúncia. Os defensores do ex-presidente querem que o prazo seja suspenso até que a corte decida sobre o afastamento dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino do julgamento. Os advogados pediram ao STF que os dois sejam impedidos de atuar na causa e que o plenário do Supremo se pronuncie sobre a própria competência para julgar um ex-presidente da República. Por lei, os denunciados têm 15 dias para responder à acusação, contados a partir do momento em que eles são notificados oficialmente da acusação, o que já aconteceu com Bolsonaro. Segundo a colunista da Folha Mônica Bergamo, o STF pretende manter Dino e Zanin no julgamento. Caberá ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, se pronunciar a respeito.
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