Posse de Gleisi teve ruídos; agora, começa o trabalho

Gleisi Hoffmann, presidente licenciada do PT, tomou posse hoje como ministra das Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo. Ela entra no lugar do ministro Alexandre Padilha (PT), que assumiu a Saúde.

Não foi sem ruídos. Circulou a informação de que, na quinta, petistas fizeram a caveira de Edinho Silva para Lula, em reunião no apartamento de Gleisi. O ex-prefeito de Araraquara é o candidato do presidente para substituí-la no comando do PT. Edinho se declarou "indignado".

"Gleisi começa mal como articuladora política se for protagonista dessa possível crise entre ela e o Edinho logo de saída", disse Tales Faria ao UOL News. Josias de Souza vê problemas no partido: "O petismo briga consigo mesmo. Transformou a escolha do novo presidente da legenda, marcada para julho, num processo de autofagia".

Mas colunistas também defenderam Gleisi. Ainda de manhã cedinho, Reinaldo Azevedo afastava as profecias de que sua nomeação era uma sinal de guinada à esquerda do governo. "Procedam a uma pesquisa sobre a sua atuação à frente da Casa Civil do primeiro governo Dilma. Não foram poucos os embates que teve, vejam vocês!, com setores de esquerda. Mais de uma vez, foi acusada de concessões excessivas aos conservadores".

Mais tarde, Raquel Landim viu pontos positivos no discurso de posse da ministra. "A Gleisi foi, na minha avaliação, muito hábil, dando sinais de que vai tentar dialogar com todo mundo, mas sem abrir mão de quem é ela".

Agora, encerra-se a temporada de especulações e começa a avaliação do trabalho real de Gleisi Hoffmann na cadeira.

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