Inflação, juros, IR: está difícil para o governo dar uma notícia boa

O IBGE informa que a inflação de fevereiro ficou em 1,31%, maior alta de preços nesse mês desde 2003, há 22 anos. E o que vem pela frente, embora com números menos bombásticos, não deve servir de refresco. É o que diz José Paulo Kupfer: "Na marcha prevista, a inflação, em 2025, fecharia entre 5,5% e 6%, ainda por mais um ano acima do teto do intervalo de tolerância do sistema de metas, que estabelece alta contínua de 3%, podendo variar de 1,5% a 4,5%".

A conta política, assevera Leonardo Sakamoto, vai parar no colo de Lula: "Do ponto de vista dos consumidores, quando o café sobe não importa se a culpa foi do clima, de Satanás ou do Godzilla, a responsabilidade final será do governo federal".

E mais: o Copom, com Galípolo, deve aumentar os juros em mais um ponto na semana que vem. É o último aumento em que o governo vai poder jogar a culpa em Campos Neto, em cuja última reunião como presidente do Banco Central, em dezembro, foi sinalizada essa alta. "Só que a desculpa vai se esgotar, e não o problema", escreve Raquel Landim. "A pressão sobre Galípolo vai aumentar a partir da semana que vem quando a "sombra" de Campos Neto desaparecer completamente".

Ainda no departamento de notícias impopulares, Andreza Matais atenta para o encurtamento no prazo para declarar o Imposto de Renda anunciado hoje: "Ao não justificar os novos prazos para a declaração do Imposto de Renda, a Receita Federal cria mais uma dor de cabeça para o governo Lula fruto de erro de comunicação".

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