Trump anuncia hoje tarifas e Brasil teme ter produtos taxados duas vezes

O "tarifaço" promovido pelo presidente dos Estados Unidos começa a valer a partir de hoje ainda com algumas incertezas. Os detalhes das cobranças não foram publicados pela Casa Branca, o que está gerando apreensão nos líderes mundiais e nos representantes econômicos. Trump tem chamado o dia de hoje de "dia da libertação" e considera o anúncio das taxas "uma das datas mais marcantes da história moderna". O governo brasileiro não conseguiu avançar nas negociações com representantes dos EUA e chega pessimista ao "dia da liberdade", temendo que a possível tarifa linear se some a outras taxas já em vigor, como as aplicadas recentemente sobre o aço e o alumínio, gerando um efeito cumulativo. O país já prepara uma resposta às medidas e pode aumentar taxas de importação de vários produtos em até 35% sem infringir acordos comerciais da Organização Mundial do Comércio. Entenda.

Senado aprova projeto que autoriza resposta às tarifas de Trump. O governo e a bancada ruralista se uniram e aprovaram ontem, de forma unânime, do projeto de lei que impõe a reciprocidade de regras ambiental e comercial nas relações do Brasil com outros países. A aprovação ocorreu um dia antes de entrar em vigor o tarifaço anunciado pelos Estados Unidos que pode atingir uma série de produtos brasileiros. O PL foi relatado pela senadora Tereza Cristina e aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado por 16 votos a favor e nenhum contra. No plenário, o placar foi de 70 votos a 0. O texto segue agora para a Câmara, com pedido de votação em regime de urgência. O PL derivou de um texto anterior, que estava sendo elaborado para tomar medidas diante da crescente imposição de barreiras ambientais unilaterais pela União Europeia. O texto substitutivo impõe medidas de reação àquilo que é visto como prática protecionista. Entenda.

PL tenta pressionar Câmara para votar projeto de anistia do 8/1. A bancada de 92 parlamentares do Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, deu início ontem a uma obstrução generalizada no plenário e nas comissões para tentar pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, a pautar a urgência do projeto de lei que propõe anistia aos presos do 8 de janeiro. Os deputados pretendem utilizar manobras regimentais para atrasar ou evitar deliberações no Congresso até que o tema seja pautado. Segundo aliados ouvidos pela Folha, Motta se irritou com o movimento de obstrução do PL e não quer que ele atrapalhe a aprovação do projeto de lei que impõe a reciprocidade de regras ambiental e comercial nas relações do Brasil com outros países, aprovado ontem no Senado. Entenda o impasse.

Paraguai convoca embaixador e exige detalhes sobre ação hacker. O governo paraguaio anunciou ontem que decidiu convocar de volta ao país seu embaixador no Brasil para pedir explicações ao governo brasileiro sobre a denúncia de uma ação hacker realizada contra o país para obter informações envolvendo a usina hidrelétrica de Itaipu. A ação foi revelada pelo colunista do UOL Aguirre Talento, que teve acesso a um depoimento prestado à Polícia Federal por um servidor da Abin que diz ter participado diretamente da ação. O Itamaraty confirmou que a Abin, sob a gestão Bolsonaro, iniciou a ação hacker, mas disse que o governo Lula cancelou a operação em março de 2023, após tomar conhecimento. O governo paraguaio também anunciou a suspensão por tempo indefinido das negociações do anexo C do tratado de Itaipu, que discute as condições de comercialização de energia da hidrelétrica, e disse que vai abrir uma investigação sobre o tema. Saiba mais.

Dino cobra transparência de emendas Pix de estados e municípios. O ministro do STF deu 90 dias para que as administrações prestem contas de 6.200 emendas Pix que foram enviadas entre 2020 e 2023 e disse que, se não for dada transparência ao recurso, o repasse poderá ser bloqueado. Dino tomou a decisão ontem depois de saber pelo TCU que havia emendas Pix que ainda não têm transparência. Desde o ano passado, o ministro determinou que fossem apresentados planos de trabalho sobre as emendas enviadas nessa modalidade e o TCU vem monitorando esse plano.

Morre aos 65 anos o ator Val Kilmer. Nascido na Califórnia, ele estrelou filmes como 'Top Gun', 'The Doors' e 'Batman Eternamente'. O ator morreu em decorrência de uma pneumonia, segundo confirmou a sua filha ao jornal The New York Times. Kilmer estreou no cinema em 1984, na paródia de espionagem 'Top Secret!'. Mas alcançou o estrelato ao lado de Tom Cruise, dois anos depois, no sucesso 'Top Gun', interpretando o aviador naval Tom 'Iceman' Kazansky. Décadas depois, atuou novamente na sequência 'Top Gun: Maverick'. Um de seus papéis mais desafiadores veio como Jim Morrison, em 'The Doors'. Para conseguir o papel, ele gravou um vídeo de oito minutos mostrando ao diretor Oliver Stone suas habilidades musicais e semelhança com o cantor. Saiba mais sobre ele.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.