Trump taxa produtos brasileiros e Congresso aprova medidas de retaliação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ontem o prometido "tarifaço" global sobre impostos de importação. Os produtos brasileiros passam a ser taxados a partir do próximo sábado em, ao menos, 10%. Trump anunciou a sua nova política comercial, adotando a regra da reciprocidade entre os países e adotará critérios de como os produtos americanos são taxados no exterior. No anúncio, ele mostrou uma tabela com as taxas cobradas pelos países e disse que foi feito um cálculo médio de todos os valores cobrados para definir a taxa dos Estados Unidos. O Brasil será taxado em 10% em todos os produtos importados pelos EUA, mas ainda não ficou claro como ficará a situação do aço, que já foi taxado em 25% no mês passado. O governo brasileiro declarou que as tarifas adicionais "violam" os compromissos dos EUA perante a Organização Mundial do Comércio e disse que pretende continuar negociando com o governo americano para evitar a dupla taxação.
Congresso reage a 'tarifaço' de Trump e aprova medidas de retaliação. A Câmara dos Deputados aprovou em caráter de urgência o projeto de lei que autoriza o governo a retaliar países que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros. A tramitação da proposta foi acelerada para que fosse aprovada em reação ao "tarifaço" anunciado pelos Estados Unidos. O texto agora segue para a sanção do presidente Lula porque já passou pelo Senado. Segundo a proposta, o Poder Executivo poderá: criar uma nova taxa de importação de bens ou serviços; restringir importações de bens e serviços do país ou bloco que impuser barreiras ao Brasil; suspender concessões comerciais, investimentos e obrigações do Brasil com acordos comerciais estrangeiros; e em caráter excepcional, o governo poderá suspender direitos de propriedade intelectual quando as outras contramedidas forem consideradas inadequadas. Entenda.
Desaprovação do governo Lula sobe 7 pontos no ano e atinge 56%. Pesquisa Quaest contratada pela Genial Investimentos divulgada ontem mostra que a desaprovação cresce continuamente desde julho de 2024. Em relação à rodada anterior do levantamento, divulgada em janeiro deste ano, houve um aumento de sete pontos percentuais. Agora, a parcela dos que desaprovam o governo (56%) supera a dos que o aprovam (41%) em 15 pontos. A avaliação negativa do governo também cresceu e atingiu o percentual mais alto desde o início do levantamento, em fevereiro de 2023: 41% avaliaram a gestão como negativa; 29% como regular; e 27% como positiva. A aprovação do governo também caiu no Nordeste e empatou tecnicamente com a desaprovação pela primeira vez. Veja os números.
Moraes manda prender Léo Índio após ele fugir do país. O empresário, que é primo dos filhos mais velhos de Jair Bolsonaro, é réu no Supremo Tribunal Federal por envolvimento nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Ele está com o passaporte retido, proibido de deixar o país, mas conseguiu entrar na Argentina porque para viagens entre países do Mercosul o documento não é exigido. Léo Índio agora pode ser preso se voltar ao país. A denúncia aponta que ele cometeu os crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. O empresário disse que pretende voltar ao Brasil assim que a "perseguição injusta acabar".
Número de brasileiros impedidos de entrar em Portugal cresce 700% em um ano. Segundo o Relatório Anual de Segurança Interna, divulgado ontem pelo governo português, 1.470 brasileiros tiveram a entrada em Portugal negada em 2024. O número é 721% maior em comparação a 2023, quando foram registradas 179 recusas. O Brasil lidera o ranking, seguido por Angola, com 274 negativas, e pelo Reino Unido, com 108. De acordo com o relatório, o principal motivo para uma pessoa ser barrada é a ausência de motivos que justifiquem a entrada, visto vencido ou ausente, cumprimento de medida cautelar e ausência de documento de viagem, entre outros. O governo português tem feito mudanças nas políticas de permissão para trabalho e residência no país. Veja quais são.
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