Collor se beneficiou de 'anistias'. Deu no que deu

Agora preso, Fernando Collor de Mello já se beneficiou duas vezes da impunidade. Na primeira, foi inocentado de corrupção pelo Supremo no mesmo caso que o levara ao impeachment. Anos mais tarde, foi reabilitado no segundo governo Lula, que permitiu ao então senador exercer influência sobre a BR Distribuidora, o que viabilizou a cobrança de propinas que agora o levam à prisão.
Josias de Souza vê os dois episódios como anistias: "Por uma artimanha do destino, Collor chega à prisão num instante em que fervilha na Câmara o debate sobre o projeto da anistia para o golpismo. Bolsonaro é um prepotente às voltas com uma impotência que retarda a votação da proposta. A longa impunidade, interrompida tardiamente, fez de Collor um mau exemplo. Mas ele também se tornou um bom aviso. A reincidência revela o tamanho do fantasma que se esconde embaixo do lençol da anistia".
Além de Josias, outros colunistas do UOL e da Folha comentaram a prisão do ex-presidente. Confira abaixo:
- Josias de Souza: Collor expõe fantasma que se esconde sob lençol da anistia
- Raquel Landim: Absolvido no esquema PC Farias, Collor é personagem lateral do petrolão
- Leonardo Sakamoto: Com a prisão de Collor, STF limpa o terreno para a de Bolsonaro
- Mariliz Pereira Jorge: Collor: 2025 com gosto de 1992
- Hélio Schwartsman: Polarização protege líderes de denúncias, como a entrevista que precipitou impeachment
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