Moraes rejeita recurso e manda prender ex-presidente Collor de Mello

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou ontem os últimos recursos apresentados por Fernando Collor de Mello e determinou a prisão imediata do ex-presidente, em regime inicial fechado. Collor foi condenado pelo Supremo em maio de 2023 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e a pena foi fixada em oito anos e dez meses de prisão. A denúncia tinha sido apresentada pela Procuradoria-Geral da República em agosto de 2015, no âmbito da Operação Lava Jato. Ele foi acusado de receber propina de um esquema de corrupção na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras. A decisão de Moraes será levada ao plenário da Corte hoje, a partir das 11h. A defesa de Collor disse que recebeu a decisão "com surpresa e preocupação", mas afirmou que o ex-presidente "vai se apresentar pela manhã" para cumprimento da decisão determinada. Saiba mais.
Governo suspende descontos em aposentadorias do INSS. A Controladoria-Geral da União anunciou ontem que o governo vai suspender todos os descontos feitos por associações e sindicatos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS. O ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, explicou que também será feito um "processo de reorganização" para identificar quais descontos foram feitos com o consentimento dos aposentados e quais são irregulares. Segundo investigação da Polícia Federal, a "grande maioria" dos aposentados e pensionistas que tinham valores descontados todos os meses não havia autorizado ou não era associado da entidade que retinha o dinheiro. Marques de Carvalho disse ainda que o governo vai ressarcir todos os que tiveram os recursos ilegalmente descontados.
Motta contraria PL e não vai pautar urgência do projeto de anistia. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, tomou a decisão de não acelerar a discussão do projeto que pede anistia para os denunciados e condenados pelos ataques de 8/1 depois de discutir com partidos de esquerda e de centro um entendimento único sobre o requerimento, em uma reunião para a qual o PL não foi chamado. A maioria dos partidos se manifestou contra acelerar a tramitação. O acordo para isolar o PL foi feito após o partido conseguir apoio suficiente para apresentar o requerimento de urgência, com a assinatura de 264 deputados, sendo mais da metade formada por integrantes de partidos da base aliada ao governo. Motta afirmou, no entanto, que o adiamento não significa que o projeto esteja enterrado. Os líderes dos partidos defenderam que é necessário amadurecer o texto antes de levá-lo para o plenário e ajustá-lo para evitar a anistia irrestrita. Saiba mais.
Bolsa fecha em maior nível desde setembro; dólar cai. A Bolsa brasileira fechou em uma nova disparada ontem, de 1,78%, refletindo otimismo dos investidores diante de sinais de que Estados Unidos e China podem chegar a um acordo na guerra comercial. Já o dólar fechou em queda de 0,42%, cotado a R$ 5,692, seguindo um movimento global de desvalorização da moeda norte-americana. Foi a quinta queda diária seguida. A perspectiva de arrefecimento das tensões entre as duas maiores economias do mundo também elevou os índices de Wall Street. O S&P500 avançou 2,03%, o Nasdaq Composite, 2,74%, e o Dow Jones, 1,23%. Apesar de o mercado ter sentido um alívio nesta quinta, a China negou no final do dia que esteja em negociações com Washington sobre tarifas, conforme anunciou Donald Trump.
Caixão de papa Francisco será fechado às 20h. O velório do papa entra hoje no terceiro e último dia. O Vaticano informou que os fiéis terão até às 20h (horário local; 15h de Brasília) para dar o último adeus ao pontífice na Basílica de São Pedro, depois o caixão será fechado. O atual camerlengo da Igreja Católica, cardeal Kevin Farrell, vai liderar a cerimônia, acompanhado por cardeais e outros oficiais da Santa Sé. O corpo permanecerá na Basílica até a manhã de sábado, e o enterro está marcado para às 10h (15h no horário de Brasília) na Basílica de Santa Maria Maior. Até ontem, cerca de 90 mil pessoas passaram pelo velório. O presidente Lula já viajou para Roma ontem para participar do funeral, acompanhado de uma comitiva de ministros, deputados e senadores, além da primeira-dama Janja. Saiba mais.
Boletim médico diz que Bolsonaro apresenta piora clínica. Segundo informe divulgado ontem, o ex-presidente apresentou também aumento da pressão arterial. Os médicos afirmam que Bolsonaro teve uma piora nos "exames laboratoriais hepáticos" e que ele seria submetido a novos exames de imagem. Bolsonaro está internado na UTI, sem previsão de alta, e tem recomendação para não receber visitas. Na segunda-feira, o ex-presidente concedeu uma entrevista de cerca de 40 minutos ao SBT direto do quarto da UTI. No dia seguinte, participou de uma live para fazer propaganda de um capacete de moto com seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo por cerca de 40 minutos. Na quarta, recebeu um oficial de Justiça que o intimou no âmbito do processo que o acusa de tentativa de golpe de Estado. Jair Bolsonaro passou por uma cirurgia de 12 horas no último dia 13 para desfazer uma obstrução intestinal e reconstruir a parede abdominal. Saiba mais.
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