Congresso e STF acertam lei para abrandar penas do 8/1

Câmara e Senado estão negociando com o Supremo Tribunal Federal para aprovar uma lei que deve diminuir a pressão de deputados bolsonaristas pela discussão do projeto que prevê anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. A lei prevê a diminuição da pena dos condenados e, por outro lado, aumento das punições das lideranças do 8/1. De acordo com a colunista da Folha Mônica Bergamo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, deve apresentar o projeto no mês de maio. Se aprovado, os manifestantes que foram presos por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito depois do ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília, poderão ser soltos ou levados a cumprir prisão no regime semiaberto ou domiciliar. A decisão caberá ao STF, que terá de analisar caso a caso. Com uma lei prevendo penas mais brandas, a Corte terá margem para reduzir as punições. Ainda segundo a colunista, o ministro Alexandre de Moraes, e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, já deram aval à medida. Saiba mais.

STF decide manter prisão de Fernando Collor. Por 6 votos a 4, o Supremo Tribunal Federal decidiu manter o ex-presidente preso por corrupção e lavagem de dinheiro em um esquema na BR Distribuidora entre 2010 e 2014. Os votos favoráveis foram do relator, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Dias Toffoli. André Mendonça, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Kassio Nunes Marques votaram por soltar Collor. Cristiano Zanin não votou porque se declarou impedido. Collor foi preso no dia 25 pela PF, em Maceió, levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas e depois transferido para um presídio federal. Ele foi preso a mando de Alexandre de Moares depois de se esgotarem os recursos de defesa. Saiba mais.

PF aponta que servidores do INSS receberam propinas de associações. A investigação da Polícia Federal sobre a fraude bilionária que realizou descontos ilegais em benefícios do INSS apurou que servidores do órgão receberam, nos últimos anos, pagamentos milionários de integrantes de associações suspeitas, lobistas e empresários do esquema de desvios. Segundo relatório obtido pela colunista do UOL Natália Portinari, pessoas físicas e jurídicas relacionadas a Virgílio Antônio Filho, procurador-geral do INSS, receberam R$ 12 milhões das entidades investigadas desde o início de 2023. O rastreio do dinheiro mostra compra de carros de luxo e até de imóveis. Saiba mais.

Aliados pressionam Lula por demissão de Carlos Lupi. Membros do governo avaliam que situação é insustentável para o ministro da Previdência depois da revelação dos desvios dos benefícios do INSS. Aliados argumentam que o caso pode se tornar a maior crise do governo e, quanto mais tempo o ministro ficar, pior para o governo. Lupi foi alertado sobre o aumento das reclamações de aposentados e pensionistas sobre descontos na folha de pagamento, mas tem dito que tomou providências para apurar o caso. A bancada do PDT na Câmara afirma que, se Lupi for demitido, a legenda não deve indicar outro nome e é provável que deixe o governo. A sigla conta com 17 deputados e três senadores.

Verba de respiradores da covid foi usada até para comprar carros. Reportagem exclusiva do colunista do UOL Aguirre Talento revela que investigação da Polícia Federal encontrou indícios de que os R$ 48,7 milhões pagos em 2020 pelo Consórcio Nordeste, que era presidido por Rui Costa, ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, para a compra de respiradores pulmonares nunca entregues foram desviados pela empresa contratada por meio de sucessivas transferências bancárias. A investigação mostra que em um intervalo de apenas um mês, a empresa esvaziou suas contas, transferindo integralmente o dinheiro para diversas pessoas e empresas sem qualquer ligação com a compra de ventiladores. O dinheiro foi usado para comprar carros de altos valores, quitar fatura de cartão de crédito e até para pagar mensalidades de escolas. O ministro Rui Costa não se manifestou sobre reportagem. Leia mais.

Corinthians oficializa Dorival Júnior como treinador. Após dias de negociação, o acordo entre o Timão e o técnico que foi demitido da seleção brasileira foi selado. O contrato será válido até o final de 2026 e Dorival terá salário superior ao que Ramón Díaz recebia. Dorival voltou ao radar do clube após recusa de Tite, que resolveu pausar a carreira por tempo indeterminado para cuidar de sua saúde mental. À frente do Corinthians, o técnico completa o ciclo no comando dos quatro grandes de São Paulo. Ele foi campeão paulista pelo Santos por duas vezes (2010 e 2016), treinou o Palmeiras em 2014 e, recentemente, comandou o São Paulo na campanha vitoriosa da Copa do Brasil de 2023. Leia mais.

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