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Nós Negros: "Branca, bonita e rica" e a discussão que ninguém quer ter

Racismo divide opiniões, óbvio. Mas nunca é só sobre um xingamento desumanizando uma pessoa negra ou sobre impedir alguém de trabalhar ou estar em um lugar por conta de sua cor ou raça. Nunca foi ou é só por conta do que se vê em noticiários.

Evidenciar casos espantosos sempre foi uma estratégia para chamar a atenção à questão racial no Brasil porque, sem o poder de chocar a população, sem o constrangimento público diante de casos gritantes, nós não estaríamos nem discutindo racismo agora e aqui. Estaríamos ainda alimentando a noção da democracia racial - e que ainda está presente na nossa construção cultural.

Mas para avançar na discussão é preciso ter coragem e bom senso para também discutir o racismo que quase ninguém vê - ou que, na verdade, não se quer ver. Ao retrucar manifestantes em uma Casa legislativa dizendo que "uma mulher branca, bonita e rica incomoda muito", a vereadora de São Paulo Cris Monteiro nos deu um presente ao possibilitar discutir sobre o racismo que é sutil e camuflado. Leia o artigo completo aqui.

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"As redes sociais, de uma maneira geral, são um canal para que a gente mostre o que de fato essas religiões [de matrizes africanas] são, mas isso tem que ser feito com responsabilidade, mostrando a beleza do nosso culto e sua função social que é tão importante"
Rodney William, pai de santo do candomblé

Doutor em ciências sociais e autor do livro "Apropriação Cultural", Rodney William foi um dos entrevistados por Nós Negros sobre a publicação de conteúdos de rituais de religiões de matrizes africanas em redes sociais, como o TikTok. A exposição excessiva, uma espécie de "tiktokização" da religiosidade, tem sido criticada. Confira reportagem completa de Hysa Conrado aqui.

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