Sushi de colher? São Paulo reinventa sabores

Cidade cosmopolita, São Paulo tem uma riqueza gastronômica graças aos imigrantes de várias partes do mundo que vieram para cá. E um talento que a capital tem é o de reinventar pratos de outras culturas a seu jeito e alcançar novas formas de servir e novos sabores combinados.

Em sua coluna de estreia em Nossa, Josimar Melo, um dos maiores críticos gastronômicos do país, destacou uma dessas transformações paulistanas: o sushi de colher.

"São Paulo agora tem também um restaurante japonês onde o cultuado sushi, que nos acostumamos a comer na sua versão chamada niguiri, aparece com o arroz esmagado como um smash burguer, e para ser comido não com as mãos ou com os palitinhos (hashi), mas com... colher. Funciona?", destaca Josimar em seu texto.

O sushi em formato de niguiri é o mais popular por aqui. É um bolinho de arroz temperado com vinagre e açúcar perfeitamente esculpido pelo sushiman, e recoberto geralmente por uma fatia de peixe cru.

A novidade do sushi servido com colherinha é de um restaurante japonês recém-aberto nos Jardins, o Kureiji.

O estabelecimento é do chef Adriano Kanashiro, que já teve outros restaurantes na cidade antes de passar os últimos oito anos em Gana e finalmente retorna com novas ideias.

Josimar descreve a experiência no Kureiji: "(O sushi) vem achatado e disforme (como se fosse um smash burger) no fundo de um pratinho, sob os peixes e outros ingredientes. Ao lado, uma pequena colher."

Antes que você pense que é uma heresia com a cultura japonesa, saiba que esse é um conceito semelhante ao tirachi (ou chirashizushi), que consiste num prato fundo de arroz de sushi coberto por peixes crus e outros ingredientes. Uma receita que encontramos no Brasil e no Japão.

Os sushis de colher do Kureiji (palavra que significa "louco" em japonês) têm sabores diferentes. Em especial, o de tucupi no tempero do arroz (mistura de arroz japonês com miniarroz brasileiro).

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Também há os de atum, de salmão selvagem, de robalo e uma curiosa combinação de unagui (enguia de rio) e mapará (peixe de rio da Amazônia) com molho adocicado.

Leia aqui a matéria completa de Josimar Melo no UOL e veja aqui o crítico gastronômico falando sobre sua nova coluna no UOL Flash.

Coincidentemente, Nossa publicou também uma breve lista de bons restaurantes paulistanos que recriaram, com melhorias, pratos tradicionais da culinária imigrante.

A reportagem de Gabrielli Menezes destacou:

  • o parmegiana com molho branco do Fôrno, no bairro da Consolação;
  • o hot roll (sushi frito) do Geiko San, nos Jardins;
  • o bolo de cenoura à moda americana do Mercadinho Dalva e Dito, em Cerqueira César;
  • e a pizza de calabresa com mussarela do Zi Tereza di Napoli, no Campo Belo.

Leia matéria aqui.

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Imagem: LLUIS GENE/AFP

Vem, Barcelona!
A cidade de São Paulo negocia com o Barcelona para receber o time para pelo menos 2 amistosos de pré-temporada entre julho e agosto de 2026, 2027 ou 2028. Reportagem de Renan Liskai, no UOL, conta que a SPTuris (São Paulo Turismo) recebeu dados e pedidos do clube espanhol e estuda formas jurídicas e financeiras de garantir essa vinda. Pelo lado do Barcelona, quem cuida da negociação é Deco, ex-jogador do clube. Há alguns anos já é corriqueiro que grandes equipes europeias façam amistosos de preparação na Ásia e nos EUA.

Cotidiano

Mais chuva, enchentes e falta de luz?

Trecho na Mooca, zona leste da capital paulista, com alagamento
Trecho na Mooca, zona leste da capital paulista, com alagamento Imagem: Yuri Murakami /Fotoarena/Folhapress

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) indicou que, depois de um abril razoavelmente ameno e seco, o calor forte e as pancadas de chuva brutais podem voltar a São Paulo em maio.

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Reportagem do UOL buscou esclarecer por que São Paulo vem sofrendo cada vez mais com inundações, falta de luz e quedas de árvores (e, infelizmente, algumas mortes) a cada chuva intensa, como aconteceu no último verão.

A matéria identifica que o clima se transformou graças ao aquecimento global e à hiperurbanização.

Segundo César Soares, meteorologista da rede Climatempo, a quantidade de dias com tempestade com enxurradas consideradas extremas e de "grande perigo" dobrou nas últimas duas décadas na comparação com 20 anos atrás.

Para tentar evitar ou minimizar consequências maiores, uma das iniciativas são os alertas da Defesa Civil, agora enviados diretamente aos celulares dos paulistanos. Foram 14 desde dezembro.

Também houve o novo ciclo do PPCV (Plano Preventivo de Chuvas de Verão), da prefeitura de São Paulo. O plano durou até março deste ano. A estratégia reunia 13 órgãos municipais e incluía ações como limpeza de bueiros, poda de árvores, construção de reservatórios e monitoramento de encostas com sensores, drones e câmeras.

Outra frente de atuação é o PMRR (Plano Municipal de Redução de Riscos). Lançado em junho do ano passado, que prevê obras em áreas vulneráveis e o monitoramento contínuo de encostas com apoio da Universidade de São Paulo (USP).

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A cidade também investe em ações de assistência direta às famílias afetadas por enchentes. E a cobertura verde de 15% para 26% entre 2021 e 2024, buscando mitigar as chamadas "ilhas de calor" em áreas de alta densidade urbana.

Além disso, a fiscalização ambiental também foi reforçada com o uso de drones e satélites para identificar ocupações irregulares. Leia matéria completa no UOL.

Atenção: você parou igual idiota.

Cartão criado por Vitor Todorov, Dono do perfil @estacionadireito, para deixar nos para-brisas de carros mal estacionados. Desde fevereiro, já foram 15 mil unidades vendidas.

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Imagem: Reprodução

Carrões dos sonhos
Em sua coluna no UOL, Jorge Moraes antecipou as presenças de três supermáquinas no Festival Interlagos 2025, de 11 a 15 de junho no Museu do Automóvel: Bugatti Chiron (foto), que atinge velocidade máxima de 420 km/h, Pagani Utopia e Ferrari 812. "Esses três carros não são vistos nem em showrooms brasileiros. São raros, exclusivos", diz Márcio Saldanha, CEO do evento. O Festival também terá test drives de outros supercarros, shows e outras atrações. Os ingressos já estão à venda no site oficial.

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Imagem: Evensen Photografy

Festival cancelado
No blog Guia Negro, Guilherme Soares Dias falou do cancelamento da Feira Preta por falta de patrocínio. O maior festival de empreendedorismo negro da América Latina deveria ter acontecido em 3 e 4 de maio em São Paulo. O evento movimentou R$ 14 milhões em 2024. Apesar de leis e incentivos, a prefeitura nunca destinou verbas diretas. "A força criativa das pessoas negras ainda depende do governo. O Estado precisa ver a população negra como consumidora e devolver esse investimento", defende Adriana Barbosa (foto), fundadora da feira.

Transporte

Segredos dos letreiros de ônibus

Terminal de ônibus Tucuruvi, na zona norte da capital paulista
Terminal de ônibus Tucuruvi, na zona norte da capital paulista Imagem: Raul Luciano/Ato Press/Folhapress
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Depois que um vídeo falando dos números dos letreiros dos ônibus paulistanos viralizou nas redes sociais, o UOL publicou reportagem de Pedro Vilas Boas decifrando os mistérios dessas numerações, que são determinadas de acordo com a origem e trajeto de cada linha.

Os números de cada linha têm seis dígitos (e algumas letras ocasionais), conforme a SPTrans explicou ao UOL.

O primeiro dígito, de 1 a 8, indica de que região da cidade o ônibus sai: Noroeste, Norte, Nordeste, Leste, Sudeste, Sul, Sudoeste ou Oeste.

O segundo dígito indica trajeto. Se for 0, o ônibus passa pelo centro da cidade. De 1 a 6, não passa no centro. E 7 indica que a linha passa por alguma estação de Metrô.

O terceiro dígito determina o ponto final da linha, seguindo a mesma separação por região do primeiro dígito.

O quarto dígito ou letra serve para diferenciar uma linha de outra saída da mesma região.

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Muitas linhas têm, depois desses quatro dígitos, um hífen e outros dois algarismos que servem para determinar se a linha é principal ou auxiliar.

Se for 10, é principal. Se for 21, 31 ou 41, a linha é de reforço, utilizada em horários de pico, por exemplo.

Ainda assim, algumas linhas têm letreiros com números que não seguem essa orientação. Porque são linhas bem antigas e tradicionais, que não foram alteradas para não confundir os usuários. Leia e guarde a cola.

Pets

Perigo: plantas tóxicas nas ruas

Cica (Cycas revoluta)
Cica (Cycas revoluta) Imagem: Getty Images
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Mais uma preocupação para tutores de cães que saem à rua para passear com eles. A morte do labrador Pudim, de 9 anos, por envenenamento acendeu um alerta sobre os perigos da presença de plantas tóxicas pela cidade, especialmente a Cycas revoluta ou palmeira-sagu.

A Cycas revoluta é muito comum em São Paulo, presente em calçadas, jardins, canteiros, parques e até stands de empreendimentos imobiliários.

Porém, conforme contou a reportagem de Jairo Marques na Folha, a planta é altamente tóxica em todas as suas partes, principalmente sementes e folhas jovens.

O labrador Pudim, tão simpático que tinha 16 mil seguidores em perfis de redes sociais abertos por sua tutora, mastigou uma folha dessa planta ornamental na área ajardinada de uma instituição financeira na Vila Madalena, zona oeste da capital.

Após cinco dias na UTI veterinária, Pudim morreu por falência hepática. Não há antídoto para a Cycas. O tratamento se limita aos sintomas do animal.

No Rio de Janeiro, o plantio da Cycas é proibido por lei.

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Já em São Paulo, a proibição ao cultivo de espécies tóxicas em áreas públicas existiu entre 2003 e 2022, quando foi revogada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), com parecer da Procuradoria Geral do Município.

Só que o perigo também pode estar dentro de casa. Por exemplo, a Cycas pode ser comprada normalmente pela internet por até R$ 330 e é de baixa manutenção.

Mas existem outras plantas tóxicas que podem ser levadas para dentro do lar do tutor ou tutora sem que a pessoa tenha ciência do perigo para seu pet.

De acordo com o médico veterinário Marcelo Quinzani, do Grupo Pet Care, os relatos de intoxicação por plantas que chegam na clínica são "bastante comuns".

"Na maioria das vezes acontece com cães jovens, que ficam muito tempo sozinhos em casa e com acesso a jardins ou vasos", explicou o veterinário. Leia matéria completa na Folha.

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Imagem: Rodrigo Ratier

Memórias do Sumaré
Em sua coluna Andanças na Metrópole, Vicente Vilardaga destaca o lançamento de um e-book com dez depoimentos de cidadãos com mais de 80 anos que contam a história do bairro do Sumaré, na zona oeste. O livro faz parte da iniciativa "A memória dos bairros de São Paulo pelos 80+". "Os mais velhos carregam uma memória que está se perdendo com o crescimento imobiliário desenfreado", diz Beto Guedes, dono da e-Editora, que publicou a obra.

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Imagem: Divulgação

Preso pelo fone de ouvido
Crime não é a praia da UOL SP, mas esta história merece ser contada. Conforme reportagem de Tilt, um dos suspeitos de invadir uma residência no Jardim Paulista e realizar um roubo milionário acabou detido pela polícia por causa de fones de ouvido Airpod, da Apple, que estavam entre os itens levados. Uma das vítimas do assalto disse à polícia que descobriu a localização de seus Airpods pelo celular. O suspeito e o objeto foram encontrados em Diadema a mais de 15 km do local do crime.

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