Senado aprova enfraquecer lei ambiental, e governo faz que não vê

O Senado aprovou, ontem, com forte empenho de Davi Alcolumbre, projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental e, segundo críticos, fragiliza a proteção da natureza. Ninguém nega que o sistema precisava de ajustes, mas o texto que agora volta para a Câmara é uma derrota para a agenda ambiental.

É "um duro golpe no futuro do país", avalia Leonardo Sakamoto. "No longo prazo, as medidas que afrouxam o licenciamento ambiental devem ajudar a piorar os eventos climáticos extremos, no médio prazo, servir para gerar barreiras comerciais europeias contra produtos brasileiros e, no curto prazo, nos fazer passar vergonha na COP 30".

Marina Silva lamentou, mas não se viu o governo trabalhando contra o projeto. É o que escreve André Borges na Folha: "Embalado pelos tapinhas nas costas da maior parte de seus ministérios, o governo atua, sim, para ter um licenciamento mais fraco, um processo simplificado que dependa menos dos órgãos ambientais e que, se possível, passe a ser até autodeclaratório, baseado na consciência verde de quem enxerga a proteção ambiental como um obstáculo."

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