Bernardo Guimarães: Aumento no IOF é melhor que nada

Quase todo mundo, entre analistas e políticos, considerou uma trapalhada do governo a proposta de aumento do IOF. Tanto na forma —junto com o anúncio do contingenciamento de gastos— quanto no mérito. De fato, usar um imposto regulatório como arrecadatório é uma distorção, e há consequências indesejadas para a economia como um todo, como já foi apontado por diversos colunistas aqui e em outros veículos.

Bernardo Guimarães --que não pode ser acusado de governista-- oferece uma visão realista do problema. Para o professor da FGV EESP, falta, nas críticas, a apresentação de alternativas factíveis. "'Reduzir os desperdícios', 'acabar com a roubalheira, essa pouca vergonha que está aí', 'taxar os ricos' não são propostas alternativas viáveis. São frases vazias. Que imposto seria introduzido ou aumentado? Qual seria a alíquota? Ou que gasto seria cortado?", indaga. "A pergunta importante é se o aumento no IOF é melhor que a alternativa. Uma pergunta anterior é se o IOF é melhor que nada. Eu julgo que sim. É importante respeitar as metas do arcabouço fiscal, esse benefício compensa as distorções do IOF".
Em tempo: o economista não concorda com o argumento do imposto regulatório.

Outros olhares

Leonardo Sakamoto
Como boa bolsonarista, Carla Zambelli foge do Brasil Leia mais

Carlos Nobre
Novo relatório traz dados preocupantes sobre o clima global Leia mais

Amanda Klein
Mirar setor de petróleo para cobrir déficit fiscal traz riscos Leia mais

Dora Kramer
Liderança de Bolsonaro é contestada por direitistas Leia mais

TixaNews
Por que será que o Supremo atropela o Congresso? Leia mais

Continua após a publicidade

PVC
Santos corre risco de entregar uma 'SAF' para Neymar sem nada em troca Leia mais

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.