Congresso instala CPI do INSS e derruba 12 vetos presidenciais

O dia de ontem não foi nada favorável ao governo Lula. O Congresso Nacional realizou sessão conjunta entre Senado e Câmara para analisar vetos presidenciais conferindo ao governo uma série de derrotas. Além disso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, leu o requerimento que autorizou a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar os desvios bilionários no INSS. Ao todo, o Congresso derrubou 12 vetos presidenciais, entre eles o que impedia a isenção de impostos para fundos imobiliários e do agronegócio na reforma tributária. Deputados e senadores também derrubaram o veto ao projeto de lei que dispensa a reavaliação periódica de beneficiários que recebem Benefício de Prestação Continuada e retomaram a pensão vitalícia a crianças vítimas da Zika. Também caíram vetos do presidente a diferentes jabutis de uma lei sobre o investimento em eólicas em alto-mar, beneficiando empresários do setor e provocando a elevação da conta de luz do brasileiro. Leia mais.
CPI do INSS foi criada, mas só deve começar a funcionar no 2º semestre. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, leu ontem o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar as fraudes no INSS, mas apesar da pressão da oposição a estimativa é que o grupo só comece a trabalhar em agosto. Na quinta-feira, boa parte dos deputados e senadores deve sair de Brasília para o feriado e permanecer em seus estados por conta das festas juninas, e o recesso parlamentar começa na metade de julho. Alcolumbre disse que o candidato dele para a presidência da CPMI é o líder do PSD no Senado, Omar Aziz. A escolha do presidente caberá ao Senado e a do relator, à Câmara. O requerimento para criação da CPMI foi protocolado no mês passado com a assinatura de 36 senadores e 223 deputados. Saiba mais.
PF indicia Carlos Bolsonaro e Ramagem no caso da 'Abin paralela'. O relatório final da investigação da Polícia Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal ontem aponta o indiciamento de mais de 30 pessoas. As apurações apontam que o esquema teria ocorrido no governo Bolsonaro, quando Ramagem era diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência. A PF identificou que o ex-presidente e seu filho eram os destinatários das informações ilegais produzidas pela Abin paralela durante a gestão do ex-diretor Alexandre Ramagem. De acordo com o colunista do UOL Aguirre Talento, as ações clandestinas da agência buscavam favorecer os objetivos políticos e eleitorais do ex-presidente, como nos ataques às urnas eletrônicas, e também ajudar os filhos do presidente em investigações em curso, como aquela envolvendo suspeitas de rachadinha do senador Flávio Bolsonaro. Todos os envolvidos negam as acusações.
Trump ordena que líder do Irã se renda. O presidente dos Estados Unidos deu um ultimato ontem ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, e afirmou que não vão matá-lo "por enquanto", mas que a "paciência está se esgotando". Trump disse, em sua rede social, que sabe exatamente onde está Khamenei e o ameaçou, dizendo que ele é um alvo fácil. Depois acrescentou que o líder iraniano está seguro e pediu: "Rendição incondicional". Antes das ameaças, Trump informou que o espaço aéreo do Irã já está sob total controle. O presidente americano saiu antes do fim da reunião do G7, que ocorre no Canadá, para tratar do conflito Israel x Irã e enviou reforços militares para a região do conflito na segunda-feira. No início da noite de ontem, o Irã voltou a atacar Israel com mísseis e o líder supremo do Irã escreveu em seu perfil na rede social X que "A batalha começa". Leia mais.
Brasileiros petistas e bolsonaristas empatam pela primeira vez. Pesquisa Datafolha divulgada hoje mostra que, pela primeira vez desde o início da série histórica do levantamento, em dezembro de 2022, a parcela de brasileiros que se declaram bolsonaristas igualou a dos que se identificam como petistas. O grupo que se considera mais próximo do partido do presidente Lula recuou de 39% para 35% desde o último levantamento, feito em abril. E o que diz apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro avançou de 31% para 35%, seu maior patamar no período. Somados, esses dois grupos polarizados representam 70% da população. Do restante, 20% se dizem neutros, 7% afirmaram não se identificar com nenhum dos dois lados, e 2% não souberam responder. A queda do grupo dos petistas coincide com a crise de popularidade do governo Lula. Na semana passada, o Datafolha indicou que 40% o avaliam como ruim ou péssimo e 28%, bom ou ótimo. Veja todos os números.
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