ONU e Agência de Energia Atômica fazem reuniões para debater guerra no Irã

A escalada do conflito entre Israel e Irã com a entrada dos Estados Unidos na guerra provocou a mobilização de instituições de todo o mundo. O Conselho de Segurança da ONU fez ontem uma reunião de emergência para discutir o conflito e os ataques americanos. Enquanto o representante de Israel agradeceu a ofensiva dos EUA, Rússia e China fizeram discursos duros, condenando fortemente os ataques. Mais tarde, Donald Trump falou abertamente sobre a possibilidade de promover uma mudança de regime em Teerã e derrubar a atual estrutura de poder estabelecida desde 1979, conduzida hoje pelo aiatolá Ali Khamenei. "Não é politicamente correto usar o termo "mudança de regime", mas se o atual regime iraniano não é capaz de FAZER O IRÃ GRANDE DE NOVO, por que não haveria uma mudança de regime? MIGA!!!", escreveu nas redes sociais. Trump fez um trocadilho com a sigla MAGA, trocando o América de "make America great again", seu mote político, por Irã. Leia mais na cobertura do UOL.
Líder supremo do Irã faz 1º pronunciamento após ataque dos EUA. O aiatolá Ali Khamenei prometeu ontem que a "punição continuará" contra Israel, em sua primeira declaração após os Estados Unidos se juntarem aos ataques contra o seu país. "O inimigo sionista cometeu um grande erro, um grande crime; deve ser punido e está sendo punido; está sendo punido neste exato momento", disse Khamenei em um post no X. A publicação foi acompanhada por uma imagem de um crânio em chamas com a estrela de Davi, com edifícios pegando fogo ao fundo. Segundo o jornal The New York Times, Khamenei passou a se comunicar com seus comandantes principalmente por meio de um assessor de confiança, suspendendo as comunicações eletrônicas para dificultar sua localização.
EUA atingem instalações nucleares, e Agência convoca reunião de urgência. Os bombardeios americanos contra o Irã atingiram ontem três importantes instalações nucleares, o que levou a Agência Internacional de Energia Atômica a convocar uma reunião de emergência para hoje, na sede do órgão da ONU em Viena, na Áustria. A Agência alertou que um eventual ataque ao reator de Bushehr, cidade portuária ao sul de Teerã, causaria uma "catástrofe nuclear". "Em razão da situação urgente no Irã, convoco uma reunião de emergência do Conselho de Governadores para amanhã", escreveu ontem o presidente da Agência, Rafael Grossi, no X. Também ontem o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse que "diplomacia não é mais uma opção" e anunciou que embarcaria para Moscou para ter "conversas sérias" com o presidente Vladmir Putin. Leia mais.
Parlamento do Irã vota para fechar o Estreito de Ormuz. Após ser atacado pelo segundo dia por forças dos Estados Unidos, o Parlamento iraniano decidiu fechar a via por onde passa 20% do petróleo mundial. A votação no Parlamento ainda deve ser avaliada pelo Conselho de Segurança do Líder Supremo do país, de acordo com a agência Reuters. O Estreito de Ormuz fica entre o Irã e Omã e é o corredor marítimo mais importante do mundo para o transporte de petróleo. Estima-se que cerca de 20 milhões de barris de óleo bruto e condensado e combustíveis sejam transportados por ali diariamente. Qualquer bloqueio da hidrovia ou interrupção no fluxo pode provocar um forte aumento nos preços e afetar os países importadores, especialmente na Ásia. Leia mais.
Rejeição à CLT impulsiona apagão de mão de obra na indústria. Levantamentos feitos a pedido Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e pesquisa Datafolha realizada neste mês mostram que a rejeição ao emprego com carteira assinada, somada à saída de milhões de jovens do mercado de trabalho e à taxa de desemprego nas mínimas históricas, vem ajudando a estimular o atual apagão de mão de obra na indústria. Os dados mostram que um número maior de jovens passou a estudar nos últimos anos, principalmente devido aos benefícios sociais concedidos pelo governo, e os que se mantiveram empregados vêm demandando uma flexibilidade difícil de se encontrar no emprego CLT. O Datafolha mostrou que 59% dos brasileiros acham melhor trabalhar por conta própria, ante 39% que se sentem melhor contratados por empresa. Levantamentos feitos pela Fiesp mostram que 20,5% das indústrias paulistas que procuraram novos empregados entre o início de 2024 e março deste ano não conseguiram contratar, e o processo de busca foi classificado como difícil ou muito difícil por 77,1% das empresas ouvidas. Veja os números.
Chuvas fortes no Rio Grande do Sul provocam quatro mortes. A Defesa Civil do RS confirmou ontem mais uma morte em decorrência das intensas chuvas que acometem o estado desde o início da semana passada. Ao menos 127 municípios foram afetados, e 5.858 pessoas estão desalojadas. Uma pessoa continua desaparecida, segundo autoridades locais. O estado precisou reabrir abrigos na semana passada, pouco mais de um ano após viver a enchente histórica de maio de 2024. O último grande centro de acolhimento ligado às inundações de 2024 só foi fechado no último dia 30 de maio. A cidade de Jaguari decretou estado de calamidade pública, e outros 21 municípios estão em estado de emergência por causa da alta do nível dos rios.
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