(Corrige data da crise de hipertensão arterial do ex-presidente)
SÃO PAULO (Reuters) - Após ter enfrentado cinco eleições presidenciais e comandado o Brasil por dois mandatos consecutivos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agora terá que travar outra batalha: o tratamento contra um câncer localizado na laringe.
Segundo diagnóstico divulgado neste sábado pelo hospital Sírio-Libanês, Lula tem um tumor maligno e vai passar por sessões de quimioterapia, que começam na próxima semana.
Veja abaixo algumas informações sobre problemas de saúde enfrentados anteriormente por Lula:
* Em janeiro de 2010, Lula passou por uma crise de hipertensão arterial, quando apresentou pressão de 18 por 12.
A crise o impediu de ir a Davos, na Suíça, participar do Fórum Econômico Mundial, onde receberia o prêmio "Estadista Global".
Depois do problema, Lula foi internado em um hospital no Recife e passou quatro dias em repouso em São Paulo, onde realizou uma bateria de exames no Instituto do Coração (InCor).
Na época, a crise foi atribuída por ministros e assessores à rotina intensa de trabalho, e uma fonte do governo afirmou à Reuters que ele chegou a suspender as cigarrilhas, que fumava com frequência.
* Em 2005, Lula passou por uma cirurgia no Incor para a retirada de um pólipo nasal que o incomodava há cerca de dois anos.
Os médicos afirmaram que o pólipo, um tecido que surge de forma anormal, não era maligno.
* Em abril de 2003, Lula visitou o Incor por conta de dores no ombro esquerdo, e passou a fazer tratamento fisioterápico e acupuntura. Ele já realizava os procedimentos no ombro direito devido a uma bursite, que teve que tratar várias vezes. Os médicos descartaram a necessidade de uma cirurgia para a bursite.
No mesmo ano, em novembro, Lula teve o pé esquerdo imobilizado devido a uma torção, chegando a cancelar sua presença numa declaração conjunta que faria com o então presidente boliviano Carlos Mesa.
* Pouco depois de ser eleito em 2002, Lula e a primeira-dama Marisa Letícia passaram por um check-up médico de rotina no InCor. Na ocasião, o médico pessoal de Lula, o cardiologista Roberto Kalil Filho, recomendou somente dieta alimentar e exercícios físicos para a perda de peso.
(Por Priscila Jordão)