Tempestade Sandy

Eleitores atingidos por Sandy enfrentam atrasos e confusão

Daniel Trotta e Philip Barbara

Em Nova York e Belmar

  • Brendan McDermid / Reuters

Por Edith Honan e Philip Barbara

ROCKAWAY PARK/BELMAR, 6 Nov (Reuters) - Já exaustos de uma limpeza maciça e jornadas terríveis para chegar ao trabalho, milhares de eleitores norte-americanos nas regiões atingidas pela tempestade em Nova York e Nova Jersey encontraram confusão e longas filas ao tentar votar na acirrada eleição presidencial.

As autoridades eleitorais enfrentam desafios sem precedentes em todo o nordeste dos Estados Unidos, onde locais de votação estão entre os milhares de edifícios danificados pela tempestade Sandy há oito dias.

Nova York e Nova Jersey tomaram medidas para facilitar o caminho para os moradores que já lidam com inundações devastadoras, falta de energia e escassez de combustível generalizada.

Sandy atingiu a costa de Jersey em 29 de outubro como uma rara supertempestade híbrida depois de matar 69 pessoas no Caribe e, em seguida, fundir-se com um forte sistema no Atlântico Norte.

A tempestade matou pelo menos 113 nos Estados Unidos e Canadá, e deixou milhões de pessoas sem energia, enquanto inundou cidades costeiras e alagou ruas de Nova Iorque e túneis de metrô.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que os nova-iorquinos conseguiriam votar em qualquer local de votação apresentando uma declaração. Em Nova Jersey, as pessoas afetadas pela Sandy serão consideradas como eleitores no exterior, tendo permissão para votar por fax ou e-mail.

"Queremos que todos votem. Só porque você está desalojado não significa que você deve ser marginalizado", disse Cuomo.

A ordem de Cuomo pareceu criar confusão entre os mesários, com cédulas de papel e declarações em alguns casos sendo distribuídas aos eleitores que chegavam ao seu local de votação regular, e não apenas para aqueles cujo local de votação regular era outro.

Em um posto de votação montado em uma tenda não aquecida em Rockaways, uma comunidade à beira-mar no bairro Queens, em Nova York, que foi duramente atingida pela Sandy, a votação foi adiada por cerca de meia hora, enquanto mesários tinham dificuldades com os geradores.

A votação na Associação Cristã de Moços (ACM) na West 63rd Street, em Manhattan foi adiada porque as autoridades eleitorais não conseguiam encontrar as cédulas e os scanners não estavam funcionando corretamente. Entre aqueles que chegavam para votar estava Lloyd Blankfein, presidente-executivo do banco de investimentos Goldman Sachs. Ele saiu antes do início da votação.

Embora a expectativa fosse de que o presidente Barack Obama ganharia facilmente em Nova York, Nova Jersey e Connecticut, os Estados mais afetados pela Sandy, a tempestade poderia expor fissuras no arcaico sistema de Colégio Eleitoral que decide a presidência.

Uma possibilidade é que o número baixo de comparecimento nos Estados devastados pela tempestade poderia permitir ao republicano Mitt Romney ganhar o voto popular, mesmo se Obama ganhar a disputa Estado-por-Estado no Colégio Eleitoral.

Romney e Obama estão praticamente empatados nas pesquisas pré-eleitorais.

Cerca de 1,4 milhão de casas e empresas ainda estão sem energia ou aquecimento, enquanto as temperaturas caíram abaixo de zero em grande parte da região durante a noite. Mais de 217.000 pessoas se inscreveram para assistência da Agência Federal de Gestão de Emergências e cerca de 199 milhões de dólares em ajuda foram fornecidos.

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