Ex-goleiro Bruno é condenado a 22 anos por assassinato de Eliza
8 Mar (Reuters) - O ex-goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte de sua ex-amante Eliza Samudio, em penas acumuladas pelos crimes de homicídio, ocultamento de cadáver e sequestro de menor, informou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na madrugada desta sexta-feira.
Sentenciado por um júri popular, o veredicto foi lido por volta das 2h da manhã pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal de Justiça de Contagem.
De acordo com o TJMG, o ex-goleiro recebeu a pena de 17 anos e 6 meses, em regime inicialmente fechado, pelo crime de homicídio triplamente qualificado "por motivo torpe, com emprego de método que dificultou a defesa da vítima e com emprego de meio cruel (asfixia)".
Somaram-se à isso, a pena de 1 ano e 6 meses, em regime aberto, por ocultação de cadáver e mais 3 anos e 3 meses pelo sequestro do filho de Bruno com Eliza. A pena foi agravada em três meses pelo fato de a criança ser o filho do jogador.
"O desenrolar do crime de homicídio conta com detalhes sórdidos e demonstração de absoluta impiedade", disse a juíza em seu veredicto. "O réu Bruno Fernandes acreditou que consumindo com o corpo, a impunidade seria certa."
Bruno está preso desde julho de 2010. Sua ex-esposa Dayanne Rodrigues foi absolvida do crime de sequestro da criança, após considerarem que ela agiu sob pressão.
Segundo o promotor de Justiça Henry Vasconcelos, o assassinato da ex-modelo e então amante do goleiro, ocorrido em junho de 2010, foi executado por Marcos Aparecido de Souza, conhecido como Bola, com ajuda de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, braço direito de Bruno.
Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão, 12 em regime fechado, pelos crimes de sequestro e cárcere privado e pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza, no mesmo tribunal, em Contagem.
O julgamento do terceiro acusado, Bola, está marcado para o dia 22 de abril.
(Por Daniela Ades, em São Paulo)
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