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Nasa vai usar bloco extraído de asteroide para treinar missões a Marte

Superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko é observada em novas imagens obtidas pela sonda Rosetta da ESA (agência espacial europeia) - ESA/Rosetta/AP
Superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko é observada em novas imagens obtidas pela sonda Rosetta da ESA (agência espacial europeia) Imagem: ESA/Rosetta/AP

Irene Klotz

25/03/2015 20h31

Uma nave-robô da Nasa vai extrair um grande bloco rochoso de um asteroide e lançá-lo ao redor da lua, para que se transforme em um destino de treinamento para futuras missões a Marte, disse a agência espacial norte-americana nesta quarta-feira.

A chamada Missão de Redirecionamento de Asteróide tem um custo estimado de 1,25 bilhão de dólares, não incluindo gastos com o lançamento, e está prevista para ter início em dezembro de 2020. A missão seria seguida cinco anos depois por uma expedição tripulada até a rocha espacial, numa variante de um plano proposto pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em 2010.

A Nasa também considerou capturar um asteroide menor e arrastar todo o corpo celeste para a órbita da lua, mas após extensos estudos, a agência optou por extrair e deslocar um bloco de rocha, implicando em um custo de 100 milhões de dólares maior. A justificativa é que isso proporciona uma melhor preparação para a meta final da agência, de pousar astronautas em Marte.

"São coisas do tipo que sabemos que vamos precisar quando formos a outro corpo planetário", disse o diretor associado da Nasa, Robert Lightfoot, a jornalistas em uma teleconferência.

A Nasa planeja estudar o asteroide por cerca de um ano e testar técnicas para desviá-lo que um dia podem ser usadas para salvar a Terra de uma potencial colisão catastrófica.

Um asteróide ou cometa atingiu o planeta há cerca de 65 milhões de anos, provocando mudanças climáticas que causaram o desaparecimento dos dinossauros e da maioria da vida que havia na Terra.

Até agora, a Nasa escolheu três asteroides para a missão, mas espera tomar a decisão final de qual abordar somente em 2019.