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Malta realiza funeral solene para vítimas de naufrágio no Mediterrâneo

O bispo Mario Grech (à esq.) e o imã Mohammed El Sadi conduzem a cerimônia fúnebre de 24 imigrantes que morreram após um barco naufragar na costa da Líbia - Matthew Mirabelli/AFP
O bispo Mario Grech (à esq.) e o imã Mohammed El Sadi conduzem a cerimônia fúnebre de 24 imigrantes que morreram após um barco naufragar na costa da Líbia Imagem: Matthew Mirabelli/AFP

Em Valetta

23/04/2015 09h06

Um imã e um bispo lideraram um funeral em Malta, nesta quinta-feira, para 24 migrantes afogados, as únicas vítimas cujos corpos foram recuperados do Mediterrâneo após o naufrágio no fim de semana que chocou a Europa.

Os mortos foram recolhidos pela embarcação italiana Gregoretti e levados a Malta na segunda-feira, após o barco em que estavam ter virado e afundado no domingo de manhã. Estima-se que até 900 pessoas possam ter morrido.

Vinte e oito sobreviventes foram levados para a Itália. A grande maioria das vítimas não foi encontrada, após ter ficado presa no interior da embarcação e afundado com ela. O capitão foi preso na Itália por suspeita de homicídio, tráfico de pessoas e por causar um naufrágio.

O desastre elevou o total de mortos até agora neste ano para cerca de 1.800 imigrantes desesperados que se afogaram no Mediterrâneo enquanto buscavam cruzar o mar, levando a União Europeia a convocar líderes de seus 28 Estados-membros para uma cúpula de emergência na quinta-feira.

Os líderes europeus devem reverter uma decisão tomada no ano passado para encerrar os esforços de busca e resgate em mar. Grupos de direitos humanos culpam essa decisão pelas mortes.

A cerimônia de funeral na ilha europeia, o menor país da UE, foi conduzida sob uma grande tenda ao lado de um necrotério na capital Valetta.