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Polícia apreende 1,3 tonelada de marfim e chifres em Moçambique

Maputo Provincial Police/Isaias Mandlate/AFP
Imagem: Maputo Provincial Police/Isaias Mandlate/AFP

Manuel Mucari

Em Maputo

14/05/2015 17h45

A polícia de Moçambique apreendeu cerca de 1,3 tonelada de marfim e chifres provenientes do abate ilegal de 65 rinocerontes e 170 elefantes numa casa pertencente a um cidadão chinês.

Moçambique é uma importante fonte de caçadores dispostos a atravessar a fronteira porosa com a África do Sul para atender a pedidos de chifres de rinocerontes feitos por organizações criminosas no leste da Ásia, onde alguns consideram que o material tem propriedades medicinais.

"Sem dúvida, este é um caso relacionado à caça furtiva. Algumas peças de marfim ainda têm sangue fresco, um sinal de que alguns animais podem ter sido mortos recentemente", disse um porta-voz da polícia nesta quinta-feira.

No ano passado, a África do Sul, onde há mais de 80% dos rinocerontes do mundo, perdeu um recorde estimado de 1.215 dos animais para caçadores, muitos deles do Parque Kruger, que faz fronteira com Moçambique.

Embora a caça furtiva de elefantes seja rara na África do Sul, mais de 20 mil elefantes foram mortos em outras partes do continente em 2013, e os conservacionistas dizem que o número de animais sendo mortos provavelmente exceda o número de nascimentos.

Quase todo o comércio de marfim de elefante e chifres de rinocerontes é proibido em todo o mundo para tentar salvar os animais da extinção. A polícia moçambicana afirmou que a apreensão incluiu 340 presas de elefante pesando cerca de 1.160 quilos e 65 chifres de rinocerontes pesando cerca de 124 quilos.