Ataques de Paris mostram por que Reino Unido precisa deixar a UE, diz líder do Ukip
LONDRES (Reuters) - Ataques mortais de militantes em Paris e uma série de violência sexual na véspera do Ano Novo em Colônia aumentaram a necessidade de o Reino Unido deixar a União Europeia, disse um dos líderes da campanha "Out", citando a necessidade de controlar as fronteiras da nação.
Debaixo de aplausos, Nigel Farage, líder do Partido para a Independência do Reino Unido (Ukip), disse em um evento que a política europeia de receber imigrantes com pouca checagem deixou a vida dos moradores do bloco com 28 membros mais perigosa.
O primeiro ministro britânico David Cameron prometeu realizar um referendo sobre a participação do Reino Unido na União Europeia, e uma votação deve acontecer ainda neste ano.
"Acredito muito em ajudar os que precisam ao redor do mundo, mas chegou a hora de colocarmos os interesses dos homens e das mulheres das nossas comunidades em primeiro lugar, e a única forma de fazer isso é recuperando o controle", disse Farage.
Durante anos o rosto do Euroceticismo no Reino Unido, Farage não conseguiu uma cadeira no parlamento nas eleições de 2015, mas deve ser um dos líderes da campanha pelo "Brexit" (Britain exit), ou saída do Reino Unido da União Europeia.
No sábado, afirmou que dois dos homens que mataram 130 pessoas em Paris, em novembro, passaram por imigrantes para entrar na União Europeia. Esses homens acusados de assediar e atacar mulheres na véspera de Ano Novo, em Colônia teria, ele disse, passaporte europeu por alguns anos e poderiam entrar no Reino Unido.
A polícia culpou os imigrantes, a maioria do norte da África, pelos ataques.
"Agora, é ainda mais sério", disse para uma audiência de 2 mil pessoas em um evento em Kettering, na região central da Inglaterra. "A melhor maneira de nos assegurarmos contra o futuro terrorismo é recuperar o controle das nossa fronteiras".
"A União Europeia cometeu grandes, grandes erros com uma política de portas abertas para qualquer um que quisesse entrar. Ver isso acontecendo com 1 mil jovens sexualmente molestando mulheres nas ruas foi um grande choque".
Farage foi acompanhado no palco pelo ex-secretario de defesa do Reino Unido, Liam Fox, do partido Conservador de Cameron, que também faz campanha pela saída do país da UE.
(Por Kate Holton)